Campeonato Brasileiro Série A
31ª rodada
Palmeiras 1x2 Figueirense
Palmeiras perde muitos gols, é derrotado pelo Figueirense e passou sonho da Libertadores ao rival
É bem verdade que o Figueirense entrou como favorito na partida diante do Palmeiras, mesmo jogando no Canindé. Mas o que nenhum palmeirense pode negar é que a equipe precisava reagir e subir na tabela, já que cada vez mais se aproximava da zona do rebaixamento.
Em campo, uma equipe motivada para a conquista da vaga na Libertadores, contra uma de cabeça baixa e errando tudo. O Figueirense engoliu o Palmeiras, dominou o jogo, fez 2 a 1 facilmente e agora é candidato real à uma das vagas para a competição internacional.
Por curiosidade, a única comemoração palmeirense do dia foi em homenagem à Portuguesa, que subiu para a Série A do Brasileirão.
O time de Luiz Felipe Scolari chega ao sexto jogo sem vitórias. Em crise, a equipe estacionou nos 41 pontos e caiu para 13º, chegando a ser ameaçado de ficar fora da Copa Sul-Americana do ano que vem.
Já o Figueirense chegou ao décimo jogo sem perder, – a última derrota foi na 21ª rodada para o São Paulo – passando aos 47 pontos e encostando no Fluminense, quinto colocado com 50 pontos e primeiro time na zona de classificação para a Libertadores.
Na 32ª rodada, o Figueirense recebe o Bahia, domingo às 16 horas (Brasília), enquanto o Palmeiras viaja até Sete Lagoas para enfrentar o Atlético-MG, às 18 horas (Brasília).
Valdívia cabisbaixo: tá feia a situação |
Maikon Leite disputa a bola contra o Figueira |
1º Tempo
A única solução palmeirense era a vitória e para isso Felipão armou o time lá na frente, para fazer o que a equipe menos faz no campeonato: gols. Sem ter escolha, o Verdão foi para cima do Figueirense, que contava com os contra-ataques de Wellington Nem e Júlio César.
Parecendo tranqüilo em campo, os mandantes deixaram a apatia tomar conta do jogo e logo um perigoso Wellington Nem se aproveitou da sonolência. Aos dez minutos de jogo, Wellington recebeu a bola na direita, deu um drible seco em Henrique e bateu, perto da linha de fundo, forte e no alto de Deola, fazendo um golaço no Canindé: Figueirense 1 a 0.
Sem reação, o Palmeiras tomava um baile de Wellington Nem. Ele dançava, corria, deitava e rolava do lado direito, tirando a reação de Maurício Ramos e Cicinho. No ataque, o time verde era mais nulo ainda. Valdívia, o mais incisivo, não brilhou como sempre, mas tentou uma movimentação. Já Ricardo Bueno... O atacante, escalado para ser a solução de gols, não deu um chute sequer no gol de Wilson.
No fim, o único motivo de aplauso foi o acesso da Portuguesa para a elite do futebol nacional. Parceiros em 2011, palmeirenses e portugueses viviam momentos distintos neste sábado.
W. Nem comemora: Figueira 1 a 0 |
Valdívia tenta o lance, mas é travado |
2º Tempo
Os mais de três mil torcedores presentes no Canindé esperavam uma reação do Palmeiras e, conseqüentemente, a virada. Mas o que se viu foi um time igual ao do primeiro tempo, sem criatividade e apostando nas bolas aéreas, mesmo sem Marcos Assunção.
Nada acontecia e o Figueirense passava a gostar mais do jogo. Com gritos de “olé” da pequena torcida catarinense no estádio, o Figueira tocava bola e esperava o momento certo de dar o bote e finalizar o quase-morto Palmeiras. E sem muito esforço, a tática deu certo. Aos 30, Wellington Nem fez nova jogada, deixou Cicinho para trás e cruzou na medida para Júlio César, de pé direito, escorar para o fundo das redes: Figueira 2 a 0.
O gol foi o estopim para a crise no Verdão. Nome a nome, a torcida xingou todos os jogadores em campo, sem escapar ninguém. Nem o gol marcado por Ricardo Bueno, aos 47 minutos do segundo tempo, acalmou o ânimo e baixou a poeira. Para essa torcida que já não agüenta mais viver de incertezas, este placar mostrou que muita coisa está fora do lugar no Palmeiras. Ou, na melhor das hipóteses, o Figueirense é um bom time e encabeça os grandes de hoje do futebol nacional.
Maikon Leite tenta o chute |
Ricardo Bueno, autor do gol, arrisca |
Ficha do jogo:
Palmeiras: Deola; Cicinho (Rivaldo), Henrique, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Chico, Márcio Araújo e Valdívia; Maikon Leite (Tinga), Luan (Fernandão) e Ricardo Bueno.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Figueirense: Wilson; Pablo, Roger Carvalho, Edson Silva e Juninho (Coutinho); Jônatas (João Paulo), Túlio, Maicon e Elias (Wilson Pittoni); Wellington Nem e Júlio César.
Técnico: Jorginho
Gols: Wellington Nem 10 1º (F), Júlio César 30 2º (F) e Ricardo Bueno 47 2º (P).
Cartões Amarelos: Júlio César (F).
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA-MG).
Assistentes: Janette Mara Arcanjo (MG) e Gilson Bento Coutinho (PR).
Público: 3.897 pagantes
Estádio do Canindé, São Paulo/SP
Jogadores palmeirenses saem sem entender a situação |
Internacional 1x1 Corinthians
Corinthians marca no fim, empata com o Inter, mas vê a liderança se perder de novo
Jogo com cara de decisão e rivalidade em campo. Adversários na ponta de cima da tabela, Internacional e Corinthians se enfrentaram querendo revanche dos últimos encontros entre os dois. Vale relembrar que, em 2005, o Corinthians conquistou um contestado Brasileirão em cima do Internacional, deixando os gaúchos em segundo. Já em 2007, o Internacional foi derrotado pelo Goiás – ainda hoje há dúvidas se o Inter tirou o pé ou não – e viu o Corinthians ser rebaixado para a Série B.
Polêmicos no passado, os dois clubes fizeram um bonito espetáculo no perfeito gramado do Beira-Rio, empatando em 1 a 1 com um jogo recheado de emoção. Porém, a igualdade, conquistada perto do fim, tirou a liderança da equipe do Parque São Jorge. Coincidentemente, há duas semanas, o Vasco foi derrotado pelo mesmo Internacional por 3 a 0 e tirou o time da Colina do topo.
Com 55 pontos, os paulistas amargaram a vitória do Vasco frente ao Bahia e agora estão há dois pontos da liderança. Já o Inter, aspirante a uma vaga na Libertadores, subiu para 48 pontos, também há dois de almejar uma posição que lhe agradaria mais: o G-5.
No final de semana, o Internacional não terá vida fácil, onde encara o forte Atlético-GO, em Goiânia, às 18 horas (Brasília) do domingo. Enquanto isso, o vice-líder Corinthians recebe o ameaçado Avaí, também domingo, mas às 16 horas (Brasília).
Inter e Corinthians empataram em 1 a 1 |
1º Tempo
Esperava-se um jogo com muito ataque, fortes emoções e bom nível técnico. Internacional e Corinthians trataram de dar ouvidos ao que se diziam durante a semana e fizeram uma boa partida de futebol. Com muito equilíbrio, as duas equipes não economizaram na vontade de vencer e se atiraram ao ataque. É bem verdade que o Corinthians se expôs menos, afinal, jogar com o Inter em Porto Alegre não é tarefa das mais fáceis.
E pelo jeito, a pontaria Colorada não estava nos eixos. Errando muito, o time gaúcho transformou Julio César em um dos grandes nomes da partida. Massacrando o Corinthians na defesa, o Inter chegou com perigo nas vezes em que Andrezinho ficou cara a cara com o goleiro. Em duas oportunidades, faltou calma ao meia e sobrou categoria ao número 1. Nas outras chances, Oscar e Jô foram travados por zagueiros corintianos ou chutaram para fora.
Tudo parecia ficar mais fácil para o Inter quando, em um lance de displicência e covardia, Alessandro deu um carrinho violento em Andrezinho e foi expulso direto, sem ao menos ter recebido o cartão amarelo.
A esta altura, ninguém tinha dúvida que o segundo tempo iria pegar fogo.
Ao fundo, frase contra Ricardo Teixeira |
D'Ale, expulso no jogo, parte para cima de Paulinho |
2º Tempo
E pegou. A expulsão de Alessandro fez com que os treinadores mudassem as equipes. Primeiro, Tite tirou o apagado Willian para dar chance ao lateral Weldinho. Depois, Dorival Júnior colocou em campo o meia habilidoso João Paulo, sacando Bolatti e recuando Andrezinho. O Inter, literalmente, ia para a pressão.
Porém, a primeira grande chegada da etapa final foi do Corinthians. Em seu lance inicial de ataque na partida, o Timão desperdiçou com Danilo a chance de abrir o placar. Porém, perder uma chance dessas pode ser fatal contra um Inter disposto a brigar pela Libertadores. E, aos 21, saiu o que os mais de 32 mil presentes no estádio estavam esperando: o gol. Cruzamento de Kleber na área, Nei se atirou na bola e conseguiu uma cabeça perfeita, tirando Júlio César da jogada e abrindo o placar para o Colorado: Internacional 1 a 0 e festa em Porto Alegre.
Quando já se anunciava uma vitória do Inter, D’Alessandro tratou de dificultar as coisas. Aos 42, na tentativa de roubar a bola de Alex, o meia argentino deu um carrinho e cometeu a falta. Como já tinha o cartão amarelo, D’Ale foi expulso. Na cobrança do tiro livre direto, o mesmo Alex não perdoou o seu ex-clube: batida forte, no canto, sem chances para Muriel, que pulou atrasado. Gol de empate do Corinthians há dois minutos do fim e respeito do meia na comemoração do gol.
No último minuto, Alex ainda teve a chance de virar o jogo, mas a cabeçada saiu fraca nas mãos do goleiro do Inter. No fim, empate por 1 a 1 e resultado amargo para os dois, que brecam as sua reações no campeonato.
Nei cabeceia e abre o placar para o Inter |
Comemoração dos Colorados: 1 a 0 |
Ficha do jogo:
Internacional: Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Juan e Kleber; Guiñazu, Bolatti (João Paulo), Andrezinho (Tinga), D’Alessandro e Oscar (Ilsinho); Jô.
Técnico: Dorival Júnior
Corinthians: Julio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo (Edenílson) e Alex; Willian (Welder) e Liedson (Jorge Henrique).
Técnico: Tite
Gols: Nei 21 2º (I), Alex 43 2º (C).
Cartões Amarelos: Rodrigo Moledo, D’Alessandro e Nei (I); Paulinho (C).
Cartões Vermelhos: D’Alessandro (I); Alessandro (C).
Árbitro: Evandro Rogério Roman (FIFA-PR).
Assistentes: Roberto Braatz (FIFA-PR) e Erich Bandeira (FIFA-PE).
Público: 32.299 pagantes
Estádio Beira-Rio, Porto Alegre/RS
Alex empatou no final: 1 a 1 |
São Paulo 0x0 Coritiba
São Paulo abusa dos gols perdidos, empata em casa com o Coritiba e vê o título longe
Ânimo Tricolor renovado, motivação lá em cima após a vitória sobre o Libertad na quarta-feira e promessa de um time aguerrido em busca dos três pontos no Morumbi ainda mais depois das derrotas de Fluminense e Botafogo. O adversário não ajudava: era o retrancado Coritiba. Milton Cruz mandou a campo o que tinha de melhor – a não ser a ausência de Rivaldo – e viu o seu time esbarrar em um certo camisa 1 verde e branco: Vanderlei. Com uma atuação brilhante do goleiro do Coritiba, o São Paulo abusou de perder gols e não saiu de um amargo 0 a 0, frustrando os planos da equipe de subir na tabela e buscar o título.
Com vaias no fim da partida, o São Paulo não perdeu posição na tabela, mas estacionou na sexta colocação com 49 pontos, há um do Fluminense e há oito do líder Vasco, e já vê de perto as chegadas de Internacional (48) e Figueirense (47), em busca de uma vaga na Libertadores do ano que vem. Já o Coritiba ri alto no campeonato. Longe do rebaixamento e vendo o seu maior rival na antepenúltima colocação, o time paranaense segue no meio da tabela sem riscos algum de cair para a Série B. Hoje, o Coxa Branca possui os mesmos 42 pontos de Santos e Atlético-GO, e segue na 11ª colocação.
No domingo, os dois times voltam a entrar em campo pelo Nacional. No Rio de Janeiro, o São Paulo encara justamente o líder Vasco, às 16 horas (Brasília), enquanto o Coritiba recebe o último colocado América-MG, às 18 horas (Brasília).
Juan, o melhor do São Paulo no jogo, tenta a jogada |
Dagoberto parte para cima da marcação |
1º Tempo
A chance era essa e o time do São Paulo tinha que aproveitar. Contra uma equipe que não aspira nada no campeonato, a não ser ficar no grupo dos oito que vão para a Copa Sul-Americana, o Tricolor do Morumbi entrou com fome de bola e sede pelos três pontos, mas faltou algo importante na história.
Querendo mostrar jogo, Lucas e Casemiro apareceram como titulares na partida – Lucas não é novidade, mas Casemiro voltou ao time após algumas aparições no banco de suplentes. Porém, logo no início Lucas sentiu uma pancada na canela e comprometeu todo o seu jogo. Já Casemiro apareceu apenas em uma cotovelada que deu, sem querer, no meia Rafinha.
O melhor da equipe paulista foi, sem dúvida nenhuma, o lateral esquerdo Juan. As tabelinhas feitas na frente com Luis Fabiano confundiram os zagueiros do Coxa. Na primeira tentativa, Juan apareceu na cara de Vanderlei, mas incrivelmente perdeu o gol. Na jogada seguinte, Lucas recebeu, também na cara do gol, e tocou de cobertura. A bola, caprichosamente, ganhos os rumos da linha de fundo.
O gol amadurecia e o torcedor são-paulino ia no embalo do time. Luis Fabiano também teve a sua oportunidade, porém a finalização forte parou nas mãos de Vanderlei, que espalmou e livrou o perigo.
Já o Coritiba pouco assustou o São Paulo. Apenas em chutes de fora da área, o time paranaense não deu muito trabalho à Rogério Ceni, seguro lá atrás.
Fim da primeira etapa e um gosto amargo para o time da casa. Um injusto 0 a 0.
Lucas, ainda inteiro, faz uma jogada para o SP |
Depois, Lucas se machucou e saiu do jogo |
2º Tempo
Não se assuste com o número de vezes em que o nome Vanderlei aparecerá neste segundo tempo.
Marlos entrou no lugar de Lucas, contundido, e fez tudo o que o jovem camisa 7 não conseguiu: bagunçar a zaga curitibana. Criticado pela torcida, Marlos abriu o caminho que precisava o São Paulo, buscando jogadas perigosas com Dagoberto e Luis Fabiano. Continuava aí a saga de Vanderlei.
O goleiro de 27 anos parecia um muro, intransponível. Primeiro com Marlos, em um chute de fora da área. No rebote, Juan chutou e a bola bateu em Jéci, providencialmente. Depois, Cícero arriscou, também de fora da área, e parou em Vanderlei. Logo em seguida, Dagoberto cruzou na área, a zaga cortou e Marlos chutou forte. Advinha onde ela foi? Nas mãos de Vanderlei.
O São Paulo continuava o seu bombardeio. Juan fez boa jogada na linha de fundo para Dagoberto, que ajeitou para Marlos, cara a cara, chutar em cima do goleiro. Logo em seguida, Luis Fabiano recebeu em profundidade e bateu colocado, mas novamente Vanderlei estava lá.
Quando não tinha Vanderlei, tinha a linha de fundo. Em outra ótima jogada, Dagoberto cruzou para Rhodolfo dominar na área e bater de pé direito. A bola foi colocada, mas por cima da meta. Na última grande chance do Tricolor, Ivan Piris bateu bonito de fora da área, porém Vanderlei buscou a bola no ângulo, salvando mais uma vez o Coritiba.
O nervosismo bateu e o fim do jogo chegou. Sem conseguir passar pelo muro de Coritiba, o São Paulo amargou o empate em casa, mas foi ajudado pelos outros resultados e não ficou tão para trás como poderia.
No fim, vaias do torcedor e protestos nas arquibancadas. É fato: o título, agora, está quase impossível.
Vanderlei foi o grande nome do jogo |
Fernandinho retornou aos gramados neste domingo |
Ficha do jogo:
São Paulo: Rogério Ceni; Ivan Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Casemiro (Jean), Cícero (Fernandinho) e Lucas (Marlos); Dagoberto e Luis Fabiano.
Técnico: Milton Cruz
Coritiba: Vanderlei; Jonas, Jéci, Emerson e Lucas Mendes; Willian, Léo Gago, Everton Costa (Davi) e Rafinha; Marcos Aurélio (Anderson Aquino) e Bill (Leonardo).
Técnico: Marcelo Oliveira
Gols: Nenhum.
Cartões Amarelos: Dagoberto (S); Willian, Everton Costa, Rafinha e Leonardo (C).
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA).
Assistentes: Belmiro da Silva e Raimundo Carneiro de Oliveira (ambos da BA).
Público: 14.298 pagantes
Estádio do Morumbi, São Paulo/SP
L. Fabiano teve duas chances, mas não aproveitou |
Flamengo 1x1 Santos
Em jogo polêmico, Flamengo e Santos ficam no empate no RJ
Cerca de três meses após um jogo épico na Vila Belmiro, onde o Flamengo derrotou o Santos por 5 a 4 em uma partida que colocou frente a frente o bom futebol de Neymar e Ronaldinho Gaúcho, os dois times se reencontraram no Engenhão neste domingo e perderam o brilho daquela partida. Quem queria ver Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Neymar, viu apenas os bons dribles do camisa 11 santista e pouco futebol.
Com um toque a mais da arbitragem, que anulou um gol legítimo de Alex Silva, Rubro-negros e santistas ficaram no 1 a 1 e frustraram os mais de 18 mil presentes no Engenhão. O resultado manteve o Flamengo na quarta colocação com 52 pontos, mas tirou do time a chance de subir para terceiro e ficar próximo do líder Vasco. Nesta quarta-feira, os cariocas terão uma missão quase impossível no Chile, quando terão que derrotar o Universidad do Chile por pelo menos 4 a 0, se quiser levar a decisão para os pênaltis das oitavas da Sul-Americana. No domingo, o time da Gávea vai até Porto Alegre encarar o nono colocado Grêmio, às 16 horas (Brasília).
Enquanto isso, o Santos permanece na décima colocação, sem grandes aspirações no torneio. No sábado, o Peixe recebe o Atlético-PR, às 18 horas, na Vila.
Neymar, o grande destaque do jogo |
Lance da partida no Rio de Janeiro |
1º Tempo
O Flamengo entrou em campo já sabendo que a sua vida na partida não seria fácil. Marcar Neymar e não ter Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves limitariam a equipe. Bottinelli, que fraturou um osso do pé, e Airton, barrado, eram outros dois que não seguiram para o jogo deste domingo.
Pois bem. De um lado, um time cuja estratégia era esperar o tempo passar. Do outro, jogadores que se irritavam com a falta de criatividade e começavam a errar seguidamente. Isso se resumiu a um primeiro tempo fraquíssimo no Engenhão, com poucas jogadas de perigo e muito sono. Só as 21, Alan Kardec teve a primeira chance, mas o lance foi parado por impedimento.
De histeria na primeira etapa só os gritos enlouquecidos da torcida feminina para Neymar. Com arrancadas e dribles desconcertantes para cima de Willians, o seu marcador implacável, Neymar ouvia, das arquibancadas, o carinho que as cariocas tem por ele.
Sem muita movimentação, o Flamengo se prendeu a marcação paulista. Porém, nos últimos cinco minutos, três lances acordaram o time no jogo. Primeiro com uma cabeçada de Jael, que passou por cima do travessão. Depois, Junior César bateu forte e Rafael mandou para escanteio. No fim, Jael dominou o bicão de Renato Abreu e mandou a pancada, obrigando Rafael a fazer nova defesa.
Apesar dos lances seguidos, foi muito pouco para quem almeja o título nacional.
Neymar parte para cima da marcação |
2º Tempo
Não faltou emoção no segundo tempo. Bem mais quentes, os dois times foram para cima querendo relembrar o jogo do primeiro turno. Foi meio improvável de acontecer, mas que a partida ficou boa, isso foi verdade.
Com a camisa 10 que um dia foi de Pelé, Alan Kardec mostrou disposição e tentou levar o Peixe ao ataque. Em seu primeiro ataque na etapa final, Kardec driblou Maldonado e Léo Moura, até ser derrubado por Alex Silva na área: pênalti. Na cobrança, Neymar deslocou Felipe e abriu o placar para o Santos aos três minutos. Na comemoração, dancinha e vaias da torcida flamenguista: 1 a 0.
O gol abalou o Flamengo, que via Neymar deitar e rolar no ataque. Aos 10 minutos, o camisa 11 driblou Wellinton e foi derrubado dentro da área, mas desta vez o árbitro não marcou a penalidade, que por sinal foi clara.
Foi então que Vanderlei, preocupado com o poder de fogo da sua equipe, tirou Negueba e Jael para colocar em campo Diego Maurício e Vander. Isso fez o Flamengo crescer. No primeiro lance com os dois em campo, Welinton desviou um escanteio para Alex Silva marcar de cabeça. Porém, erradamente, o árbitro Paulo Henrique Godoy Bezerra anulou o gol do zagueiro alegando impedimento.
Irritados com a arbitragem, os rubro-negros passaram a culpar o árbitro em todas as jogadas que perdia, como se aquele impedimento mal marcado fosse o estopim da crise da equipe em campo. Ainda na esperança, Luxemburgo colocou em campo o meia Thomás, prata da casa, no lugar de Willians. Em resposta, Tata, substituto provisório de Muricy Ramalho, tirou Alan Kardec e colocou Ibson, recuando a equipe para seu campo de defensivo.
O Flamengo, então, aceitou o convite ao ataque e logo foi recompensado. Aos 32, Júnior Cesar cruzou para o sumido Deivid cabecear firme. A bola ainda bateu na trave antes de morrer no fundo das redes: 1 a 1.
Mesmo com o empate sofrido, Neymar seguia aprontando para cima da zaga adversário. Logo em seguida, o craque puxou o contra-ataque e quase fez o segundo do Santos, gol que mataria as intenções do Flamengo no jogo. Aos 44, Edu Dracena ainda fez para o Santos, mas o árbitro, acertando desta vez, anulou o gol do zagueiro.
Neymar cobra pênalti e abre o placar |
Com Rentería, o atacante comemora o gol |
Ficha do jogo:
Flamengo: Felipe; Léo Moura, Alex Silva, Welinton e Junior César; Maldonado, Willians (Thomas) e Renato; Negueba (Vander), Deivid e Jael (Diego Maurício).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Santos: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Adriano, Henrique e Arouca (Bruno Aguiar); Neymar, Alan Kardec (Ibson) e Rentería.
Técnico: Tata
Gols: Neymar 03 2º (S), Deivid 33 2º (F).
Cartões Amarelos: Negueba e Willians (F).
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC).
Assistentes: Carlos Berkenbrock (FIFA-SC) e Kleber Lucio Gil (SC).
Público: 18.257 pagantes
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro/RJ
Deivid empatou o jogo no fim |
Tabela de jogos
31ª rodada
22/10
18h00
Palmeiras 1x2 Figueirense
Fluminense 0x2 Atlético-MG
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro/RJ
G: Daniel Carvalho pênalti 10 1º (A), André 46 1º (A).
Daniel Carvalho comemora: vitória do Galo |
Avaí 3x2 Botafogo
Estádio da Ressacada, Florianópolis/SC
G: Loco Abreu 10 1º (B), Robinho 15 1º (A), Cleverson 17 1º (A), Renato 17 2º (B), Robert 40 2º (A).
Robert marca e dá a vitória ao Avaí |
América-MG 2x2 Grêmio
Estádio Arena do Jacaré, Sete Lagoas/MG
G: Tiago Carleto 11 1º (A), André Lima 34 1º (G), André Lima 07 2º (G), Anderson 41 2º (A).
Em MG, 2 a 2 entre América e Grêmio |
23/10
16h00
Internacional 1x1 Corinthians
São Paulo 0x0 Coritiba
Atlético-PR 2x0 Ceará
Estádio Arena da Baixada, Curitiba/PR
G: Paulo Baier 32 1º (A).
Paulo Baier fez um golaço e garantiu a vitória do Furacão |
Bahia 0x2 Vasco
Estádio Pituaçu, Salvador/BA
G: Felipe 22 1º (V), Diego Souza 46 2º (V).
Diego Souza fez o 2º do Vasco: 2 a 0 |
18h00
Flamengo 1x1 Santos
Cruzeiro 3x2 Atlético-GO
Estádio Arena do Jacaré, Sete Lagoas/MG
G: Thiago Feltri 16 1º (A), Farías 41 1º (C), Felipe 21 2º (A), Anselmo Ramon 25 e 29 2º (C).
O Cruzeiro venceu o Atlético-GO: 3 a 2 |
Próximos jogos
32ª rodada
29/10
18h00 – Santos x Atlético-PR
18h00 – Botafogo x Cruzeiro
18h00 – Ceará x Fluminense
30/10
16h00 – Corinthians x Avaí
16h00 – Vasco x São Paulo
16h00 – Grêmio x Flamengo
16h00 – Figueirense x Bahia
18h00 – Atlético-MG x Palmeiras
18h00 – Coritiba x América-MG
18h00 – Atlético-GO x Internacional
Classificação
S/D | Pos | Equipes | Pts | V | E | D | GP | GC | S |
| | | | | | | | | |
+1 | 1º | Vasco | 57 | 16 | 9 | 6 | 49 | 35 | 14 |
- 1 | 2º | Corinthians | 55 | 16 | 7 | 8 | 44 | 31 | 13 |
0 | 3º | Botafogo | 52 | 15 | 7 | 9 | 48 | 37 | 11 |
0 | 4º | Flamengo | 52 | 13 | 13 | 5 | 50 | 39 | 11 |
0 | 5º | Fluminense | 50 | 16 | 2 | 13 | 44 | 40 | 4 |
0 | 6º | São Paulo | 49 | 13 | 10 | 8 | 45 | 38 | 7 |
0 | 7º | Internacional | 48 | 12 | 12 | 7 | 51 | 38 | 13 |
0 | 8º | Figueirense | 47 | 12 | 11 | 8 | 40 | 37 | 3 |
0 | 9º | Grêmio | 43 | 12 | 7 | 12 | 36 | 40 | - 4 |
+2 | 10º | Santos | 42 | 12 | 6 | 13 | 43 | 45 | - 2 |
0 | 11º | Coritiba | 42 | 11 | 9 | 11 | 47 | 37 | 10 |
- 2 | 12º | Atlético-GO | 42 | 11 | 9 | 11 | 41 | 37 | 4 |
0 | 13º | Palmeiras | 41 | 9 | 14 | 8 | 36 | 32 | 4 |
0 | 14º | Bahia | 36 | 8 | 12 | 11 | 34 | 39 | - 5 |
+1 | 15º | Cruzeiro | 34 | 9 | 7 | 15 | 37 | 41 | - 4 |
+1 | 16º | Atlético-MG | 33 | 9 | 6 | 16 | 37 | 48 | -11 |
- 2 | 17º | Ceará | 32 | 8 | 8 | 15 | 36 | 52 | -16 |
0 | 18º | Atlético-PR | 31 | 7 | 10 | 14 | 30 | 45 | -15 |
0 | 19º | Avaí | 29 | 7 | 8 | 16 | 42 | 65 | -23 |
0 | 20º | América-MG | 25 | 4 | 13 | 14 | 40 | 54 | -14 |
Campeonato Brasileiro Série C
2ª Fase – 4ª rodada
Grupo E
22/10 – Rio Branco/AC x América/RN (adiado)
26/10 – CRB/AL x América/RN
26/10 – Paysandu/PA x Rio Branco/AC
Classificação
S/D | Pos | Clubes | Pts | V | E | D | GP | GC | S |
| | | | | | | | | |
+1 | 1º | CRB | 8 | 2 | 2 | 0 | 5 | 1 | 4 |
- 1 | 2º | Paysandu | 6 | 2 | 0 | 2 | 3 | 5 | - 2 |
0 | 3º | América/RN | 4 | 1 | 1 | 1 | 4 | 2 | 2 |
0 | 4º | Rio Branco | 1 | 0 | 1 | 2 | 1 | 5 | - 4 |
Brasiliense 4x1 Ipatinga |
Grupo F
23/10 – Joinville/SC 3x2 Chapecoense/SC
24/10 – Brasiliense/DF 4x1 Ipatinga/MG
30/10 – Chapecoense/DF x Brasiliense/DF
30/10 – Ipatinga/MG x Joinville/SC
Joinville 3x2 Chapecoense |
Classificação
S/D | Pos | Clubes | Pts | V | E | D | GP | GC | S |
| | | | | | | | | |
0 | 1º | Joinville | 13 | 4 | 1 | 0 | 13 | 5 | 8 |
0 | 2º | Ipatinga | 9 | 3 | 0 | 2 | 9 | 10 | - 1 |
+1 | 3º | Brasiliense | 4 | 1 | 1 | 3 | 9 | 13 | - 4 |
- 1 | 4º | Chapecoense | 2 | 0 | 2 | 3 | 9 | 12 | - 3 |
Campeonato Brasileiro Série D
Semifinal
23/10
Santa Cruz/PE 1x0 Cuiabá/MT
Data indefinida
Anapolina/Tupi x Oeste/SP
Quartas de final – jogos de volta
Indefindido
Tupi/MG x Anapolina
Oitavas de final – jogo de volta
23/10
Villa Nova/MG 2x1 Anapolina/GO* (Ida: 0x1)
Thayan O. Motta
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