quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

38ª rodada do Brasileirão: Corinthians empata com o Palmeiras e é campeão Brasileiro de 2011


Campeonato Brasileiro Série A

38ª rodada (Última)


Corinthians 0x0 Palmeiras

É campeão! Corinthians empata com o Palmeiras no Pacaembu e é pentacampeão brasileiro

Foi um título sofrido, na raça, com a cara do Corinthians. A conquista deste domingo, queira parecer ou não, começou logo na madrugada, quando o eterno Doutor Sócrates, que encantou o Brasil com o seu futebol e a sua posição anti-governamental na década de 80, faleceu por problemas de saúde em São Paulo. Horas depois, em campo, os guerreiros corintianos lutaram para honrar a camisa que um dia vestiu Sócrates. E o jogo, por ironia do destino ou predestinação da CBF, era contra o arqui-rival Palmeiras.
Para ser campeão, bastava um empate contra o time do Parque Antártica. Ou senão, um tropeço do Vasco contra o Flamengo, partida que estava sendo disputada simultaneamente no Rio de Janeiro. A igualdade veio, mesmo com muita dificuldade, mas serviu para tirar o grito que estava entalado na garganta dos corintianos desde o ano passado, quando jogou na lixeira o pentacampeonato na última rodada. O empate por 0 a 0 deu, à segunda maior torcida do país, o título de campeão brasileiro de 2011. O título de melhor time do país neste ano. O título que faltava à Tite e Andrés Sanchez. O título em que faltaram heróis e um nome para ser idolatrado, mas que sobrou um elenco de qualidade e, acima de tudo, uma família campeã, com dedo divino do eterno Sócrates.




Vibração dos corintianos: campeão Brasileiro 2011

Presidente Andrés Sanchez é erguido pelos jogadores


Família que abrigou Emerson Sheik, tricampeão Brasileiro, e Adriano e Danilo, bi. E como esquecer de Willian, o símbolo da raça e da determinação corintiana. Ralf e Paulinho, cães de guarda da defesa e decisivos em momentos importantes, com gols salvadores. Gols, que também foram evitados pelo contestado goleiro Julio César, que mesmo falhando, mostrou vontade e brio para continuar no gol do Timão.
Em um campeonato tão equilibrado, sobrou a competência e a humildade de um certo treinador que sempre batia na porta do título brasileiro, mas que desta vez entrou para a galeria de eternos campeões: Adenor, ou melhor, Tite. Líder em 27 das 38 rodadas, o Corinthians foi soberano, conquistando também o maior número de vitórias (21) e tendo a defesa menos vazada (36). Não foi quem menos perdeu, já que Vasco e Flamengo tiveram duas derrotas a menos que o Corinthians, mas fez 71 pontos e garantiu o penta nacional, igualando-se ao Flamengo. Apenas São Paulo, com seis, Palmeiras e Santos, com oito cada, possuem mais títulos que o Timão.
Para fechar, o Corinthians foi um time que soube levar o Brasileirão, mesmo passando por momentos difíceis e turbulentos. 
Melhor dizendo: o Corinthians quis levar o Brasileirão. Parabéns ao Corinthians, Pentacampeão Brasileiro de Futebol!


Tite: merecimento

Jorge Henrique comemora com a torcida


Já o Palmeiras terminou na 11ª posição do campeonato, após bom começo de campeonato e queda no segundo turno. Com 50 pontos, a equipe palestrina garantiu vaga na próxima Copa Sul-Americana.

1º Tempo

Corinthians e Palmeiras prestaram uma linda homenagem ao Doutor Sócrates antes do início da partida. Reunidos no meio de campo, os jogadores do Timão ergueram o braço direito para o alto, simbolizando o gesto que o atacante fez por toda a sua carreira. Mas a emoção estava reservada para dentro de campo. Com 34 mil pessoas no Pacaembu, o Corinthians foi dominado pelo Palmeiras no primeiro tempo. Paciente, o Verdão via alguns lampejos do adversário e sempre controlava a situação. A velocidade de Willian e Jorge Henrique foi parada pelos laterais Gerley e Cicinho. Liedson, sumido, parou na defesa alviverde. Por outro lado, os lançamentos nas costas de Paulo André e Leandro Castán assustavam a nação corintiana. Valdívia, o camisa 10 e encarregado de levar o Verdão ao ataque, dava arrepios à zaga corintiana. A torcida passava calafrios mesmo com Wallace, volante improvisado e lento. Marcos Assunção, o medo de Tite, assustava com as bolas paradas.
Enquanto o Corinthians tentava se acertar, o Vasco abria o placar no Rio de Janeiro com Diego Souza, ex-Palmeiras. Ao invés de se abater, a torcida empurrou o time até o fim da primeira etapa, mesmo com o sistema de som abafando a notícia para não abalar os jogadores.
Antes de acabar o primeiro tempo, o árbitro Wilson Seneme foi alvo de polêmica. Aos 44, Alessandro invadiu a área, rolou para Willian, que foi calçado por Leandro Amaro e caiu na área. Liedson ainda disparou para o gol, mas a bola foi para fora e o pênalti não foi marcado.
Agora, restavam 45 minutos para se confirmar o título corintiano.

Homenagem ao Doutor Sócrates

Ataque palmeirense: perigo na área corintiana

Julio César observa a bola pegar na trave


2º Tempo

O segundo tempo não poderia ser mais violento e emocionante. Tentando partir para cima, o Corinthians teve a ajuda de alguém que poderia desequilibrar a partida para o outro lado: Valdívia. Aos três minutos, o camisa 10 dividiu com Jorge Henrique e antigiu o atacante corintiana com uma cotovelada no rosto. Cartão vermelho direto para o chileno e palmas irônicas de um jogador fundamental para o esquema tático palmeirense. Agora eram 11 contra 10 e mais 42 minutos de sofrimento.
Logo a seguir, o sistema de som do Pacaembu informou o gol de empate do Flamengo, marcado pelo ex-corintiano Renato Abreu. A Fiel enlouqueceu.
Apesar de tudo estar conspirando a favor do título, o Corinthians seguia esbarrando em sua incompetência. Imediatamente depois da expulsão, Luiz Felipe Scolari trocou Patrik por João Vitor e Ricardo Bueno por Fernandão. A proposta era clara: o Palmeiras queria ganhar o jogo.
Assustando com as perigosas faltas cobradas por Marcos Assunção, o Verdão quase chegou ao primeiro gol na cabeçada de Fernandão, que explodiu na trave. Na sobra, Luan chutou por cima, mesmo com Julio César batido no lance. O drama só aumentava e o pior parecia vir. Aos 28, Wallace fez falta violenta em Maikon Leite e foi expulso. Em sequência, Henrique marcou o primeiro da partida, mas a arbitragem anulou alegando impedimento de Fernandão na jogada.
A partir dos 40 minutos, perder o título parecia impossível. Já com Chicão e Edenílson em campo nos lugares de Willian e Liedson, o Corinthians parecia encontrado a calma que não apresentou durante toda a partida e controlou o Palmeiras, os ânimos e a sua torcida. Aos poucos, a festa começou nas arquibancadas. Aumentou ainda mais quando Jorge Henrique, dando o famoso “chute no vácuo” em resposta à Valdívia, foi levantado por Gerley na lateral de campo: briga generalizada. Luan e Thiago Heleno, os mais exaltados, partiram para cima de jogadores e a arbitragem, que tentava apartar a confusão, também foi agredida. No rolo, Leandro Castán e João Vítor foram expulsos por Seneme.
Com o problema resolvido, nem os cinco minutos de acréscimo frearam o grito de “É campeão” que vinha das arquibancadas. A notícia de que o jogo entre Vasco e Flamengo havia terminado empatado, selou o título e a festa de não só 34 mil pessoas presentes no Pacaembu, mas sim, de uma nação com 30 milhões de apaixonados.

Valdívia recebe o cartão vermelho

Wallace também foi expulso

Confusão entre os jogadores: tensão


Ficha do jogo:

Corinthians: Julio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Wallace, Paulinho e Alex; Jorge Henrique (Moradei), Willian (Chicão) e Liedson (Edenílson).
Técnico: Tite

Palmeiras: Deola; Cicinho (Maikon Leite), Leandro Amaro, Henrique e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Valdívia e Patrik (João Vítor); Luan e Ricardo Bueno (Fernandão).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Gols: Nenhum.

Cartões Amarelos: Alex, Jorge Henrique, Alessandro e Chicão (C); Patrik, Leandro Amaro e João Vítor (P).
Cartões Vermelhos: Wallace e Leandro Castán (C); Valdívia e João Vítor (P).

Árbitro: Wilson Luiz Seneme (FIFA-SP).
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos da FIFA-SP).

Público: 36.708 pagantes
Estádio do Pacaembu, São Paulo/SP

Com o 0 a 0, o Corinthians se sagrou pentacampeão

Comemoração: título merecido




Vasco 1x1 Flamengo

Vasco empata com o Flamengo no Rio e perde o título

Foi emocionante, de tirar o fôlego. Vasco e Flamengo fizeram, no Engenhão, um dos clássicos mais emocionantes e quentes dos últimos anos. O Vasco, que precisava de uma vitória para sonhar com o título, entrou com o que tinha de melhor para superar o Flamengo, que sonhava com uma vaga na Libertadores e também em estragar a festa de título do rival, caso o Palmeiras vencesse o Corinthians em São Paulo.
E num confronto de muito equilíbrio, o empate por 1 a 1 conseguiu melar a festa vascaína, dando ao Flamengo uma das vagas à competição continental, em meio as brigas e confusões durante o jogo. Ao todo, três expulsões, muita catimba e até a polícia teve que fazer parte da história. Diego Souza e Renato, autores dos gols, bem que tentaram mudar o rumo do confronto, mas foi o árbitro carioca Péricles Bassols que protagonizou o lance mais polêmico do jogo, quiçá do campeonato: em uma dividida dentro da área, Diego Souza foi puxado claramente por Willians, porém o árbitro deixou passar. Com o empate do jogo entre Corinthians e Palmeiras, o Vasco desanimou e aceitou o empate com o Flamengo, perdendo a chance de levantar o caneco pela quinta vez.
Findado o empate, o time da Colina acabou com o vice-campeonato da competição, ficando com 69 pontos, há dois do Corinthians. Já o Flamengo, quarto colocado com 61, vai disputar a Pré-Libertadores no ano que vem.

Vasco, vice-campeão Brasileiro de 2011

Diego Souza fez o 1º gol da partida no RJ

Renato empatou no 2º tempo


1º Tempo

Com tudo o que tinha de melhor a disposição, o Vasco entrou no gramado do Engenhão confiante de que poderia sair com o quinto título Brasileiro de sua história, contando é claro, com uma vitória palmeirense sobre o Corinthians. Entrando com uma faixa “Força, Ricardo Gomes, estamos com você”, o Vasco mostrou desde o início que queria garantir logo o resultado e deixar a bronca para o Timão, em São Paulo.
E conseguiu assustar. Diante de um acuado Flamengo, que surpreendeu a todos ao começar a partida com Negueba ao lado de Ronaldinho Gaúcho, o Vasco foi superior durante toda a primeira etapa, dominando o rival e criando as chances mais claras de gol. Aos seis, Felipe enfiou linda bola para Fagner, que invadiu a área e chutou perto do gol de Felipe.
Na melhor chance do Rubro-Negro na partida, Thiago Neves recebeu passe após tabela de Fierro e Negueba e chutou, mas a bola passou rente à trave e saiu pela linha de fundo. Daí em diante, o Flamengo começou a errar demais e deixou espaços para o Vasco. Foi fatal. Diego Souza começou a jogar e, no lance mais polêmico da rodada, foi puxado dentro da área por Willians: pênalti claro que somente o árbitro Péricles Bassols não viu. Indignação do lado preto e branco das arquibancadas.
Diego Souza queria mais, queria descontar o erro do árbitro. E foi em uma jogada de Fagner, aos 29 minutos, que o meia apareceu dentro da pequena área para testar a bola e abrir o placar para o Vasco no Engenhão: euforia, comemoração no estilo trem-bala e 1 a 0 para os cruzmaltinos.
O Flamengo continuava sem a menor inspiração na partida. Sumido, Ronaldinho Gaúcho era anulado facilmente pelos marcadores. Thiago Neves, constantemente bloqueado por Dedé. E assim a pilha de nervos começava a criar uma tensão no clássico. Reclamando muito, o meia Felipe contagiou os companheiros, que vira e mexe reclamavam com o árbitro exaustivamente. Ainda antes do fim da primeira parte, Alecsandro obrigou Felipe a espalmar uma bola complicada. Depois, Willians e Felipe Bastos trocaram empurrões e indelicadezas.
Apito final e superioridade vascaína, porém faltava o gol do Palmeiras.

Polêmica: Diego Souza é puxado dentro da área

Alecsandro, Dedé e Diego Souza vibram: Vasco 1 a 0

Expulsão de Jumar no 2º tempo


2º Tempo

Deivid e Muralha entraram para colocar o Flamengo no jogo. Saíram Negueba e Fierro. Foi essa a cartada final de Vanderlei Luxemburgo, que precisava de um empate para se garantir na próxima Libertadores. Com a derrota parcial e o Vasco melhor durante toda a partida, o Mengão se propôs a mudar no segundo tempo, ou o marasmo acarretaria em Copa do Brasil, ano que vem.
Ronaldinho Gaúcho despertou. Aos seis, o craque deu de bandeja para Muralha chutar à direita do gol de Prass. Antes, Fagner recebeu novamente de Felipe e quase ampliou para o Vasco.
O jogo era quente e o gol flamenguista parecia amadurecer. Sem dar sopa ao azar, Ronaldinho tratou de decidir o clássico mais uma vez: aos dez, o meia rolou para Renato Abreu, que se livrou da marcação e chutou de canhota, no canto, marcando um golaço no Engenhão: 1 a 1.
Mais animado, o Flamengo foi para cima e até reclamou de um pênalti de Dedé em Ronaldinho Gaúcho. Desta vez, o árbitro acertou em mandar seguir o lance. Foi então que Cristovão mandou o time para o ataque. Tirou Felipe e Felipe Bastos e colocou Bernardo e Eduardo Costa. No lance seguinte, aos 25, Junior César arrancou pela direita e levou uma entrada violenta por trás de Jumar. Vermelho para o vascaíno na mesma hora.
Dedé passou a ser o armador da equipe. Levando o Vasco ao ataque, o zagueiro-artilheiro queria brindar a ótima temporada com um título brasileiro. Mas ainda faltava um gol no Engenhão e outro no Pacaembu. Bernardo tentou, Diego Souza errou e Ronaldinho Gaúcho, no troco, desperdiçou. O jogo ganhava ares de dramaticidade e Thiago Neves, aos 44, quase pôs fim ao sonho vascaíno. Fernando Prass salvou.
Nervoso, Diego Souza foi substituído por Elton e um minuto depois, Renato Abreu simulou falta e foi expulso de campo. Revoltado, o camisa 11 foi para cima do árbitro, gerando uma confusão no gramado. No mesmo instante, em São Paulo, corintianos e palmeirenses trocavam empurrões e chutes em uma pancadaria generalizada. Felipe, do Vasco, nervoso com a situação, foi expulso mesmo estando no banco de reservas.
No fim, o Vasco até pressionou, mas as confusões nas duas partidas só garantiram o pentacampeonato brasileiro ao Corinthians. Fica, para o Vasco, mais um vice-campeonato em sua história.

Renato chuta colocado e empata o clássico

Vibração do flamenguista: 1 a 1

Logo depois, Renato foi expulso


Ficha do jogo:

Vasco: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Rômulo, Nilton, Felipe Bastos (Eduardo Costa) e Felipe (Bernardo); Diego Souza (Elton) e Alecsandro.
Técnico: Cristovão Borges

Flamengo: Felipe; Léo Moura, Alex Silva, Welinton e Junior César (Rodrigo Alvim); Willians, Fierro (Muralha), Renato e Thiago Neves; Negueba (Deivid) e Ronaldinho Gaúcho.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Gols: Diego Souza 29 1º (V), Renato 10 2º (F).

Cartões Amarelos: Jumar, Bernardo, Fernando Prass e Eduardo Costa (V); Alex Silva, Negueba e Renato (F)
Cartões Vermelhos: Jumar e Felipe (V); Renato (F).

Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ).
Assistentes: Rodrigo Pereira Jóia e Ediney Guerreiro Mascarenhas (ambos do RJ).

Público: 34.064 pagantes
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro/RJ

Confusão entre vascaínos e flamenguistas

Jumar, no lance de sua expulsão




São Paulo 4x1 Santos

São Paulo goleia o Santos, mas fica de fora da Libertadores

O milagre precisava ser grande e a esperança do torcedor são-paulino existia. Uma vitória sobre o rival Santos não bastaria para o sonho de voltar a Libertadores se tornar realidade. Para isso, Coritiba, Internacional e Figueirense precisariam tropeçar.
Entre 17h13m e 18h21m, o São Paulo esteve com um pé no torneio continental, mas um gol de D’Alessandro em Porto Alegre colocou pelos ares os planos do Tricolor. A boa vitória sobre o time reserva do Santos, por 4 a 1 em Mogi Mirim, não bastou para que a Libertadores voltasse ao Morumbi.
Eliminado no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e na Sul-Americana, o São Paulo termina o ano com mais uma eliminação, desta vez no Brasileiro. Para 2012, o Tricolor terá que se contentar com o torneio de menor escala no continente: a Copa Sul-Americana. Com 59 pontos, a equipe comandada por Emerson Leão terminou o Brasileirão em sexto, há um ponto do quinto colocado Internacional.
Já o Santos, que embarca para o Japão nesta segunda-feira, finaliza um ano perfeito. Campeão do Paulistão e da Libertadores, o Peixe só tem cabeça para pensar no Mundial de Clubes da FIFA. Com 53 pontos, a equipe do litoral paulista terminou o Brasileirão na décima posição.

Lucas tenta a jogada contra o Santos

Luís Fabiano fez 2 na vitória por 4 a 1


1º Tempo

Quarenta e cinco minutos. Foi esse o tempo que o São Paulo precisou para resolver a partida em Mogi Mirim. Com muito calor e gramado em ótimas condições, o Tricolor não encontrou dificuldades para despachar os meninos da Vila e fazer 3 a 0 na primeira etapa. Com um ataque composto por Lucas, Fernandinho e Luís Fabiano, Emerson Leão resolveu apostar em quem andava de canto no São Paulo: Jean. Titular, o lateral bancou o paraguaio Ivan Piris e reassumiu o posto que tanto honrou no Morumbi. Pelos lados do Santos, o auxiliar técnico de Muricy Ramalho, Tata, escalou Ibson, Elano, Diogo e Alan Kardec na frente, esperando que a estrela de algum deles brilhasse.
Mas o que se viu foi um São Paulo solto e jogando fácil. Logo aos sete minutos de jogos, Luís Fabiano aproveitou falha do perdido zagueiro Vinícius e chutou para boa defesa de Vladimir. Seis minutos depois, Cícero lançou Fernandinho na esquerda. O camisa 12 avançou e cruzou na cabeça do Fabuloso, que só escorou no contrapé do goleiro santista para abrir o placar: São Paulo 1 a 0. Com o empate nos jogos de seus oponentes, a vaga para a Libertadores era do São Paulo.
A inexperiência da zaga santista facilitava as coisas para o São Paulo. Já que Diogo e Alan Kardec faziam questão de não atrapalharem o trabalho de João Filipe e Rhodolfo, bastou aos laterais tricolores avançarem. E foi em uma dessas que Jean, livre dentro da área, acertou uma pancada no travessão e assustou Vladimir.
O segundo gol era questão de tempo e a pressão só aumentava. Aos 33, enfim, ele saiu: Cícero dominou na intermediária e arriscou. A bola foi no ângulo do goleiro santista, que nada pôde fazer: golaço e 2 a 0. Quando a torcida ainda comemorava, o sistema de som do estádio em Mogi Mirim anunciou o gol do Vasco contra o Flamengo. E, para completar a festa, nada de gol nos outros jogos. A festa era imensa.
Para garantir a vitória, Lucas recebeu na entrada da área, driblou três marcadores e chutou no canto, tirando de Vladimir: outro golaço do São Paulo e 3 a 0 no placar. A vaga na Libertadores, por enquanto, era dos paulistas.

LF escora de cabeça e abre o placar para o SP

Cícero fez o 2º para o SP

Lucas fez o 3º


2º Tempo

O segundo tempo serviu para o São Paulo tocar a bola, prender o jogo e esperar pelo milagre que já vinha dando certo. A notícia no intervalo de que o Avaí havia feito o primeiro sobre o Figueirense, motivou ainda mais os jogadores a saírem com a vitória. Aos onze, Cícero, Luís Fabiano e Juan fizeram boa jogada, mas o lateral chutou em cima do goleiro. Porém, cinco minutos depois, o Santos achou o seu gol: em cobrança de falta, Elano bateu forte, no meio do gol, matando Rogério Ceni: 3 a 1.
Foi então que a notícia do gol do Internacional contra o Grêmio chegou ao estádio. Cabisbaixo, o São Paulo ainda viu as entradas de Marlos e Píris, no lugar de Fernandinho e Cícero. Antes do fim, aos 35, Luís Fabiano marcou o quarto gol para o São Paulo, mas no Rio Grande do Sul, o Grêmio não conseguiu o empate.
No fim, a goleada veio com gosto de frustração e dor. O São Paulo está fora da Libertadores de 2012.

Luís Fabiano foi o grande nome do jogo em Mogi Mirim


Ficha do jogo:

São Paulo: Rogério Ceni; Jean, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Denílson, Cícero (Ivan Piris) e Lucas (Henrique); Fernandinho (Marlos) e Luís Fabiano.
Técnico: Emerson Leão

Santos: Vladimir; Pará, Bruno Aguiar, Vinícius Simon e Éder Lima; Anderson Carvalho, Ibson, Elano e Felipe Anderson (Breitner); Diogo e Alan Kardec.
Técnico: Tata

Gols: Luís Fabiano 12 1º (SP), Cícero 33 1º (SP), Lucas 38 1º (SP), Elano 16 2º (SN), Luís Fabiano 35 2º (SP).

Cartões Amarelos: Felipe Anderson e Bruno Aguiar (SN).

Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP).
Assistentes: Vicente Romano Neto e Carlos Nogueira Júnior (ambos de SP).

Público: 4.948 pagantes
Estádio Romildo Ferreira, Mogi Mirim/SP

Fernandinho foi outro que apareceu bem




Cruzeiro 6x1 Atlético-MG

Cruzeiro massacra o Atlético-MG, escapa da Série B e tira o Galo da Sul-Americana

Nem o mais otimista torcedor do Cruzeiro imaginava uma vitória dessas contra o Atlético-MG, garantindo presença na Série A do ano que vem. Com uma goleada história por 6 a 1 – a maior entre os dois clubes –, a Raposa fez a sua parte e se livrou da Série B, rebaixando de uma vez Atlético-PR e Ceará. Com 43 pontos, o Cruzeiro terminou a competição em 16º, uma posição acima do Z-4. Já o Atlético-MG perdeu a sua vaga Copa Sul-Americana, ficando na 15ª posição com 45 pontos.
Roger, Leandro Guerreiro, Anselmo Ramon e Fabrício abriram 4 a 0 na primeira etapa. Wellington Paulista e Everton ainda aumentaram a vantagem cruzeirense no segundo tempo. Réver, em jogada de artilheiro, descontou quando a partida estava 5 a 0.

Estádio Arena do Jacaré, Sete Lagoas/MG
G: Roger 09 1º (C), Leandro Guerreiro 28 1º (C), Anselmo Ramon 33 1º (C), Fabrício 45 1º (C), Wellington Paulista 11 2º (C), Réver 15 2º (A), Everton 45 2º (C).

O Cruzeiro massacrou o Atlético-MG: 6 a 1

Com a vitória, o Cruzeiro escapou da degola




Internacional 1x0 Grêmio

Inter vence o Gre-Nal, vê o Coritiba perde para o Atlético-PR e garante vaga na Libertadores

Foi um Gre-Nal histórico, daqueles de se tirar o chapéu e lembrar por muito tempo. De um lado, um time querendo vencer a partida e se classificar para a Libertadores. Do outro, uma equipe determinada a sair com a vitória no clássico e despachar de vez as chances do rival de se garantir na competição continental. E por se tratar de Internacional e Grêmio, foi uma verdadeira batalha. Jogando bem, o Internacional fez valer o mando de campo e o apoio de sua torcida, e venceu por 1 a 0, com de pênalti de D’Alessandro, aos 16 minutos da etapa final.
Precisando da vitória e torcendo contra o Coritiba, o Internacional viu o Coxa ser derrotado pelo Atlético-PR e a vaga cair em seu colo, terminando a competição em quinto, com 60 pontos e se garantindo na Libertadores. Já o Grêmio, que fez uma temporada ruim, ficou na 12ª colocação, com 48.

Estádio Beira-Rio, Porto Alegre/RS
G: D’Alessandro pênalti 16 2º (I).

D'Alessandro deu a classificação ao Inter: 1 a 0

Clássico quente em Porto Alegre




Botafogo 1x1 Fluminense

Em clássico xoxo, Botafogo e Fluminense empatam em Volta Redonda

O Botafogo, que precisava vencer e torcer contra outros quatro times para conquistar uma vaga na Libertadores, entrou desmotivado para enfrentar, em Volta Redonda, um Fluminense cabisbaixo e triste, após as chances de título irem para o espaço no último domingo. Precisando de um simples empate para se garantir na fase de grupos da Libertadores, o Tricolor até chegou abrir o placar, mas tomou o empate logo em seguida e garantiu, com o empate, a sua vaga na competição continental, passando direto pela Pré-Libertadores. Com 63 pontos, o campeão de 2010 termina a competição em terceiro.
Já o Fogão não conseguiu o milagre de se classificar para a Libertadores e terá que se contentar com a Copa Sul-Americana. Com 56 pontos, a equipe da Estrela Solitária finaliza o torneio em nono, muito abaixo do que fez em todo o ano, chegando a ser a grande decepção desta reta final.
Fred, aos quatro minutos de jogo, abriu o placar em Volta Redonda. Porém, aos onze, Felipe Menezes fez grande jogada pela esquerda e bateu no canto, sem chances para Diego Cavalieri: 1 a 1 e ponto final.

Estádio Raulino de Oliveira, Volta Redonda/RJ
G: Fred 04 1º (F), Felipe Menezes 11 1º (B).

Fred comemora o gol do Fluminense na partida

Botafogo e Fluminense ficaram no 1 a 1




Atlético-PR 1x0 Coritiba

Atlético-PR vence, tira o Coritiba da Libertadores, mas cai para a Série B do Brasileirão

A vitória neste domingo, na Arena da Baixada, foi do Atlético-PR, mas a tristeza veio também para o Coritiba. Precisando vencer e torcendo por Atlético-MG e Bahia, o Furacão suou, jogou melhor, venceu por 1 a 0, porém viu a goleada do Cruzeiro sobre o Galo por 6 a 1, confirmando a sua queda para a Série B do Brasileirão, após 16 anos seguidos na elite do futebol nacional. A queda veio junto com uma campanha desastrosa e pífia do clube em 2011. Com 41 pontos, o Atlético-PR se despede da Série A na 17ª colocação, há dois pontos do Cruzeiro, primeiro time acima do Z-4.
Para o Coritiba, a alegria da queda do maior rival veio junto com a frustração de ter perdido a vaga na Libertadores, entrando para a rodada final dependendo de si mesmo para conquistá-la. Com 57 pontos, o Coxa era o que mais tinha chance de se classificar, porém perdeu a partida e caiu para oitavo, beliscando uma vaga na próxima Sul-Americana.
O único gol da partida foi marcado por Guerrón, aos 28 minutos do segundo tempo, após desvio de cabeça em cruzamento de Paulo Baier.

Estádio Arena da Baixada, Curitiba/PR
G: Guerrón 28 2º (A).

Guerrón disputa a bola com Marcos Aurélio

Guerrón comemora: vitória sobre o maior rival

Queda inevitável para a Série B: o Atlético-PR
está rebaixado




Avaí 1x1 Figueirense

Lanterna, Avaí empata com o Figueirense e tira Libertadores do maior rival

Um clássico violento, sem grandes chances de gol e que acabou com o sonho do Figueirense. O rebaixado e lanterna Avaí, mesmo sem aspirações no campeonato, entrou na última rodada querendo estragar a festa de seu maior rival, eliminando-o da próxima Libertadores.
E conseguiu. Com um empate por 1 a 1, o Avaí se manteve na lanterna do Brasileirão com 31 pontos, mas viu o Figueirense cair por terra e ficar apenas com a vaga na Copa Sul-Americana. Com 58 pontos, o alvinegro de Floripa termina o campeonato em sétimo, igualando o feito de 2006, quando Edmundo atuava pelo clube.
Na Ressacada, o Avaí saiu na frente do marcador com um gol de Diogo Orlando, no último minuto da primeira etapa. Porém, logo na volta para o segundo tempo, Héber aproveitou uma falha da marcação do Avaí e empatou a partida, dando fim ao placar em Florianópolis e ao sonho do Figueirense, a grande surpresa do campeonato.

Estádio da Ressacada, Florianópolis/SC
G: Diogo Orlando 44 1º (A), Héber 01 2º (F).

Em SC, Avaí e Figueira ficaram no 1 a 1

Empate tirou o Figueirense da Libertadores




Bahia 2x1 Ceará

Bahia vence o Ceará, se classifica para a Sul-Americana e derruba o rival para a Série B

O clima era de decisão e o estádio Pituaçu, em Salvador, estava lotada para ver o Bahia se despedir de 2011. Mesmo com declarações do presidente baiano no meio de semana dizendo que iria torcer pela permanência do Ceará na primeira divisão, o Bahia não deu chance ao rival nordestino, venceu por 2 a 1, rebaixou o Vozão e garantiu uma vaga na Copa Sul-Americana de 2012. Com 46 pontos em 14º na classificação, o Tricolor se classificou para o torneio continental graças a derrota do Atlético-MG para o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Já o Ceará não resistiu na sua segunda temporada seguida entre os maiores do país e acabou sendo rebaixado, terminando a competição em 18º, com 39 pontos. A vitória do Cruzeiro já bastaria para o time cearense cair para a Série B.
Os gols do jogo foram marcados no primeiro tempo. Camacho, aos 13 minutos, acertou um belo chute de fora da área e abriu a contagem. Aos 43, o ex-corintiano Lulinha recebeu na entrada da área e chutou prensado. A bola, mansa e lenta, entrou no canto de Diego: Bahia 2 a 0. O placar adverso e o resultado parcial de 4 a 0 para a Raposa, em Minas Gerais, desanimou o Ceará, que ainda descontou com Felipe Azevedo, antes mesmo do apito final do árbitro. Mas o resultado de Sete Lagoas enterrou de vez as chances cearenses.
Para 2012, a Série A perdeu um gigante do Nordeste, mas em compensação ganhou três: a permanência do Bahia e as voltas de Náutico e Sport. Paciência, Ceará!

Estádio Pituaçu, Salvador/BA
G: Camacho 13 1º (B), Lulinha 43 1º (B), Felipe Azevedo 45 1º (C).

Camacho comemora o 1º gol do Bahia no jogo

Com a derrota, o Ceará caiu para a Série B




Atlético-GO 5x1 América-MG

Atlético-GO goleia o América-MG e garante vaga na Sul-Americana

Atlético-GO e América-MG entraram sem ter muito que fazer nesta última rodada. Precisando de um empate para se garantir na Copa Sul-Americana, o Dragão recebeu o rebaixado e desmotivado América-MG, no Serra Dourada, para tentar se despedir com honra deste Brasileirão, diferentemente do ano passado, onde lutou com o Vitória pela permanência na Série A.
E foi com honra e um pouquinho de show que os goianos encerraram o campeonato de 2011. Com uma goleada por 5 a 1 sobre os mineiros, o Atlético-GO subiu para 48 pontos, em 13º, e garantiu uma vaga na competição internacional pela primeira vez na sua história. Aos mineiros, a 19ª colocação serviu para devolver a equipe à Série B de 2012. Com 37 pontos, o Coelho retorna a divisão de acesso do nosso futebol um ano depois da volta à elite.
O massacre começou na primeira etapa. Felipe, aos 11 do primeiro tempo, marcou o primeiro da partida. Logo depois, aos 15, o goleiro Márcio cobrou falta perfeita no ângulo e ampliou. Aos 39, Gilson fez o terceiro de cabeça. A goleada estava ensaiada.
Na etapa final, Paulo Henrique, contra, tentou tirar a bola mas acabou marcando contra o primeiro gol do América-MG na partida. Porém o Tricolor estava demais. Com um golaço de Anaílson, que encobriu o goleiro Neneca, e outro de Paulo Henrique, desta vez do lado certo, o Atlético-GO deu números finais ao jogo e ao campeonato: sonoros 5 a 1 e festa em Goiânia.

Estádio Serra Dourada, Goiânia/GO
G: Felipe 11 1º (AT), Márcio goleiro 15 1º (AT), Gilson 39 1º (AT), Paulo Henrique contra 12 2º (AM), Anaílson 26 2º (AT), Paulo Henrique 40 2º (AT).

Felipe comemora seu gol contra o América-MG

Goleiro Márcio também deixou o dele: 5 a 1



Classificação Final

S/D
Pos
Equipes
Pts
V
E
D
GP
GC
S










   0
  1º
Corinthians
71
21
  8
  9
53
36
17
   0
  2º
Vasco 
69
19
12
  7
57
40
17
   0
  3º
Fluminense
63
20
  3
15
60
51
  9
   0
  4º
Flamengo
61
15
16
  7
59
47
12
 +1
  5º
Internacional
60
16
12
10
57
43
14
 +2
  6º
São Paulo
59
16
11
11
57
46
11
   0
  7º
Figueirense 
58
15
13
10
46
45
  1
 - 3
  8º
Coritiba 
57
16
  9
13
57
41
16
   0
  9º
Botafogo
56
16
  8
14
52
49
  3
   0
10º
Santos
53
15
  8
15
55
55
  0
   0
11º
Palmeiras
50
11
17
10
43
39
  4
   0
12º
Grêmio
48
13
  9
16
49
57
- 8
 +1
13º
Atlético-GO  
48
12
12
14
50
45
  5
 +1
14º
Bahia
46
11
13
14
43
49
- 6
 - 2
15º
Atlético-MG
45
13
  6
19
50
60
-10
   0
16º
Cruzeiro
43
11
10
17
48
51
- 3
 +1
17º
Atlético-PR
41
10
11
17
38
55
-17
 - 1
18º
Ceará
39
10
  9
19
47
64
-17
   0
19º
América-MG
37
  8
13
17
51
69
-18
   0
20º
Avaí
31
  7
10
21
45
75
-30

Taça Libertadores 2012    
Copa Sul-Americana 2012
Série B 2012                       


Thayan O. Motta