segunda-feira, 21 de novembro de 2011

35ª rodada do Brasileirão: Atlético-PR vence o São Paulo; Corinthians bate o Ceará; Palmeiras e Vasco empatam; Santos e Atlético-GO empatam


Campeonato Brasileiro Série A

35ª rodada


Atlético-PR 1x0 São Paulo

Atlético-PR controla o jogo, vence o São Paulo e segue sonhando com salvação

Está difícil do São Paulo espantar o fantasma da Arena da Baixada. Pela 14ª vez, o Tricolor do Morumbi visitou o moderno estádio do Atlético-PR e saiu com as mãos abanando, sem conseguir os três pontos que tanto precisava. Na noite desta quarta-feira, na bela Curitiba, o Furacão aproveitou o frio e o estádio lotado para pôr fim à um incomodo jejum de vitórias no Brasileirão, ao derrotar o Tricolor por 1 a 0, com gol de Guerrón. Com raça e empenho de seus jogadores, os atleticanos foram superiores a maior parte do tempo e conseguiram uma vitória fundamental na luta contra o rebaixamento.
Com 37 pontos, o Furacão subiu para a 17ª colocação, ficando com um a menos em relação ao Cruzeiro, 16º. Já o São Paulo freou a sua reação, após a vitória do último sábado sobre o Avaí, e caiu para oitavo, com 53 pontos, se distanciando um pouco da Libertadores.
No sábado, o Tricolor recebe o ex-lanterna e embalado América-MG, enquanto o Atlético-PR pega o Cruzeiro em Sete Lagoas, numa partida crucial na luta contra a Série B.


Guerrón comemora a vitória do Furacão

Apagado, Lucas ficou omisso na derrota do SP


1º Tempo

O Atlético-PR entrou para a partida diante do São Paulo como se fosse o último de sua história, pois precisava vencer, mais do que nunca, para fugir da Série B. Com um esquema ofensivo, Antônio Lopes mandou a campo quatro jogadores de ataque – Marcinho, Paulo Baier, Nieto e Guerrón. Por outro lado, Emerson Leão preferiu a cautela, prevendo uma dificuldade gigante sem dois de seus principais jogadores: Dagoberto e Luís Fabiano. Com Fernandinho e Willian José, era difícil de se imaginar uma grande pressão Tricolor.
E ela realmente não veio. Diferentemente do Atlético-PR, o São Paulo se acovardou e permitiu as chegadas do Furacão. Mesmo não sendo brilhante, os paranaenses dominaram o primeiro tempo e abriram o placar logo aos dez minutos: Marcelo Oliveira deu ótimo passe para Guerrón, que contou com o corta-luz de Nieto, para bater forte e fuzilar Rogério Ceni: Atlético-PR 1 a 0.
O clima na Arena da Baixada era o melhor possível para os donos da casa. Ainda mais quando Carlinhos Paraíba, ex-jogador do maior rival, Coritiba, se contundiu e precisou sair de campo para a entrada de Casemiro. Nem o garoto freou o ímpeto do Furacão. Guerrón, dando um baile na defesa são-paulina, chegava como queria e assustava Rogério Ceni. Em dois lances seguintes, o equatoriano obrigou duas belas defesas do capitão do São Paulo.
Se segurando, os paulistas torciam para que o primeiro tempo acabasse logo. Com o apagado de Lucas, não restou alternativa ao São Paulo a não ser recuar e esperar por uma mudança na etapa final.


Guerrón sai para o abraço: 1 a 0


2º Tempo

O São Paulo voltou muito melhor para o segundo tempo, mas nada que assustasse o Furacão. Nos primeiros 15 minutos, o Atlético-PR seguiu dominando o jogo. Manoel, de cabeça, obrigou Rogério Ceni a defender outra bola complicada logo nos primeiros minutos e deu o cartão de visita atleticano.
A partir daí, Leão resolveu agir e mudar o time. Restando duas alterações, o treinador sacou Casemiro, que havia entrado no primeiro tempo, e Fernandinho para as entradas de Rivaldo e Marlos. De início, deu certo. O São Paulo melhorou na partida, começou a chegar com perigo e quase empatou. Jean, de pé esquerdo, e Rhodolfo, em uma cabeçada, quase chegaram lá.
Após os dois ataques, o Atlético-PR recuou para garantir a vitória. Com isso, apareceram mais ataques do São Paulo. Aos 29, Lucas chutou de fora e Renan Rocha espalmou. Logo a seguir, Rivaldo tentou de cobertura e o goleiro atleticano mandou para fora.
Melhor, o São Paulo se descuidou na defesa e quase levou o golpe fatal, quando Nieto apareceu livre e chutou para fora, desperdiçando uma ótima oportunidade. Com muita dedicação, o Furacão conseguiu segurar o São Paulo e garantiu mais uma rodada de sobrevivência na Série A.


Carlinhos Paraíba se contundiu na partida do PR


Ficha do jogo:

Atlético-PR: Renan Rocha; Wendel, Manoel, Gustavo Araújo e Heracles; Deivid, Marcelo Oliveira, Marcinho (Renan) e Paulo Baier (Branquinho); Guerrón (Adaílton) e Nieto.
Técnico: Antônio Lopes

São Paulo: Rogério Ceni; Jean, Xandão, Rhodolfo e Cícero; Wellington, Denílson, Carlinhos Paraíba (Casemiro – Rivaldo) e Lucas; Fernandinho (Marlos) e Willian José.
Técnico: Emerson Leão

Gols: Guerrón 10 1º (A).

Cartões Amarelos: Nieto e Paulo Baier (A); Lucas, Casemiro, Rhodolfo, Wellington, Marlos e Denílson (S).

Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ).
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires e José R. Maciel Linhares (ES).

Público: Não divulgado.
Estádio Arena da Baixada, Curitiba/PR


Vitória do Atlético-PR por 1 a 0, sobre o São Paulo




Ceará 0x1 Corinthians

Peruano Ramírez vira herói e garante a liderança isolada do Timão no Ceará

Uma vitória com o espírito corintiano, assim como vem sendo nas últimas rodadas. Três pontos suados, sofrido e na base da raça, mesmo com um futebol ruim apresentado no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Logo após o apito final, os jogadores do Corinthians se ajoelharam no gramado e se abraçaram, como se a luta pelo quinto título brasileiro tivesse acabado em título, ali mesmo, diante de aguerrido e desesperado Ceará.
Na noite desta quarta-feira na capital cearense, o Corinthians não fez uma de suas melhores apresentações no torneio, mas jogou o feijão com arroz, passou sufoco com o veloz Osvaldo e conseguiu uma vitória heróica, com gol do peruano Ramirez aos 35 minutos da etapa final, consolidando a liderança isolada do torneio com 64 pontos.
Já o Vozão, com 35, amarga a 18ª colocação, caindo uma posição na tabela graças a vitória do Atlético-PR sobre o São Paulo, na Arena da Baixada. No sábado, o Ceará vai até Porto Alegre encarar o Grêmio, enquanto o Corinthians tentará aumentar a vantagem em relação ao Vasco para seis pontos, enfrentando o Atlético-MG no Pacaembu.


Emerson tenta a jogada contra o Ceará

Danilo tenta a cabeçada



1º Tempo

Estádio lotado, torcida cearense jogando junto e pressão, muita pressão. O Corinthians não encontrou a menor facilidade em Fortaleza, e Tite já havia cantado a bola. Com um trio de ataque formado por Willian, Emerson e Liedson, o Timão não conseguia passar do meio de campo no começo da partida, sendo encurralado pelo Ceará. Sem reação, bastou apelar para as faltas e para a paciência, vendo os donos da casa tocar a bola e tentando armar um bote preciso.
Os botes até apareciam, com os velocistas Osvaldo e Felipe Azevedo, mas a pontaria não era lá das melhores. Com uma avenida pelo lado direito do ataque, onde ficava o ala esquerdo Fábio Santos, o Ceará ganhava campo e assustava Julio César, herói da primeira etapa. Marcos Paulo de cabeça, Osvaldo com o pé esquerdo e uma bola por cima do travessão, em chute de Felipe Azevedo, foram os principais lances de gol do Vozão. Já o Corinthians...
Acuado e sem criatividade, o Timão não conseguia trocar passes no meio e irritava Tite, que esbravejava muito na beira do gramado. Aquele começo arrasador contra o Atlético-PR, no último domingo, foi combatido com um Corinthians morto e sem gana no primeiro tempo. A sensação, na saída dos vestiários, era de alívio dos jogadores corintianos por aquele tempo ter acabado assim, sem gols.


Julio César se estica para salvar o Corinthians



2º Tempo

A vitória parcial do Vasco sobre o Palmeiras preocupava Tite, que sacou Liedson para a entrada de Morais, tentando conter os avanços dos meias cearenses. Caindo de produção, o Vovô penou para encontrar aquele futebol vistoso da primeira etapa, onde massacrou o Corinthians e só não marcou por incompetência de seus atletas e intermédio do arqueiro corintiano.
Nesse meio tempo, Emerson Sheik se achou em campo. E quando o camisa 11 resolve jogar bola, ele costuma decidir. Com correria e trombadas perto da área, Sheik ia ganhando terreno e avançando o Corinthians para o ataque, começando a chegar perto do gol de Fernando Henrique. Porém, apenas dois lances de perigo preocuparam o Ceará. Primeiro, Fábio Santos recebeu livre, na cara do gol, mas Fernando Henrique foi gigante no lance e salvou. No segundo, não teve jeito. De tanto se defender e buscar contra-ataques, o Corinthians, na base da sorte, fez o seu primeiro gol: aos 35, Luis Ramírez, que entrou na vaga de Danilo, recebeu de Ralf na esquerda e tocou na saída do goleiro, abrindo o placar no Presidente Vargas.
O gol animou os corintianos, que já sabiam e comemoravam o gol do arqui-rival Palmeiras, que acabara de empatar o jogo contra o Vasco, em São Paulo. Pelos lados do Ceará, o resultado preocupava e a reação era precisa. Tentou, na raça e nas tentativas de fora com o inspirado Osvaldo, mas a bola insistia em não entrar. No final, o apito do árbitro Elmo Alves Resende da Cunha pôs fim a mais um sofrimento da Fiel, classificando a equipe para a Libertadores, e torturou ainda mais a apaixonada torcida do Ceará.


Ramírez fez o gol da vitória sobre o Ceará por 1 a 0

O peruano salvou a noite corintiana


Ficha do jogo:

Ceará: Fernando Henrique; Heleno (Boiadeiro), Fabrício, Daniel Marques e Eusébio; Juca, Michel (Washington), João Marcos e Thiago Humberto (Leandro Chaves); Felipe Azevedo e Osvaldo.
Técnico: Dimas Figueiras

Corinthians: Julio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Edenílson e Danilo (Luis Ramirez); Emerson, Willian (Wallace) e Liedson (Morais).
Técnico: Tite

Gols: Luis Ramirez 35 2º (CO).

Cartões Amarelos: Fabrício e Daniel Marques (CE); Fábio Santos e Leandro Castán (CO).
Cartão Vermelho: Fabrício (CE).

Árbitro: Elmo Alves Resende da Cunha (GO).
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Marrubson Melo Freitas (DF).

Público: Não divulgado.
Estádio Presidente Vargas, Fortaleza/CE


Corintianos se abraçam ao fim da partida




Palmeiras 1x1 Vasco

Entrega? Que nada. Palmeiras empata com o Vasco e ajuda rival Corinthians

Falou-se durante toda a semana em uma possível entrega do Palmeiras para o Vasco, ajudando assim os cariocas a seguirem firme na disputa do título contra o Corinthians, maior rival do alviverde. Tropeçando há muitas rodadas, só restava ao Palmeiras jogar com dignidade para não terminar o ano rebaixado para a Série B, mesmo sendo improvável. Já o Vasco, vice-líder e empolgado com a vitória diante do Botafogo no último domingo, só pensava nos três pontos para não se desgarrar do Timão, que enfrentava o Ceará no mesmo horário, em Fortaleza.
Diferentemente do campeonato do ano passado, onde houveram suspeitas de corpo-mole em algumas partidas, inclusive uma do Palmeiras, a 35ª rodada do Brasileirão de 2011 mostrou algo diferente: a ajuda que o Palmeiras ofereceu ao Corinthians, mesmo de forma involuntária. Jogando com vontade e raça, o Verdão endureceu o jogo para o Vasco, saiu perdendo com gol de Dedé, mas empatou no segundo tempo e garantiu um ponto importante na caminhada rumo à Copa Sul-Americana. Para o Vasco, o resultado é o pior possível, pois agora vê o Corinthians abrir dois pontos de vantagem na classificação.
Semifinalista da Copa Sul-Americana, o time da Colina chegou aos 62 pontos, contra 64 do time do Parque São Jorge. No domingo, a missão parece não ser das mais difíceis: encara o virtual rebaixado Avaí, em São Januário.
Para o Palmeiras, as coisas seguem abaladas mesmo com o resultado. Com um clima não muito agradável, a equipe de Felipão chegou aos 43 pontos, ultrapassando Bahia e Atlético-GO, aparecendo na 11º na tabela. No sábado, o Porco visita o Bahia, em Salvador, podendo sacramentar a salvação dos baianos.

Felipe tenta passar por Cicinho

Diego Souza cabeceia: sem sucesso


1º Tempo

Mais de oito mil torcedores, frio na capital paulista e um jogo em que o torcedor palmeirense, provavelmente, não torceria pelo seu time, pois o Vasco é concorrente do Corinthians ao título do Brasileirão. Vindo de um empate contra o Grêmio, no Olímpico, o Palmeiras queria esboçar uma reação no campeonato, e para isso, Felipão escalou Ricardo Bueno e Luan no ataque – este último fazendo a função do começo de carreira. De começo, não deu certo. A equipe esbarrou na bem armado tática feita por Cristovão Borges, técnico interino do Vasco, que escalou o que tinha de melhor em campo e apostou no iluminado zagueiro Dedé, que marcou três gols nos últimos dois jogos.
Na verdade, quatro. Com três minutos de jogo, Dedé aproveitou um escanteio na área do Palmeiras, uma falha na saída do goleiro Deola e cabeceou firme para o fundo das redes, abrindo o placar logo cedo no Pacaembu.
O gol assustou o Palmeiras e Dedé continuou a sua soberania. Sem reação, o Verdão nem sequer colocou bolas na área vascaína. As que iam, eram tiradas pelo “monstro” que usava a camisa 25. Sem solução, o jeito foi apostar nas bolas paradas de Marcos Assunção e nas tabelas rápidas entre os atacantes. Em seu primeiro chute, Assunção bateu firme, a bola desviou em Luan e quase enganou Fernando Prass.
Martelando e não conseguindo nada, o Palmeiras quase tomou o segundo gol, que poderia ter saído dos pés de Diego Souza. Deola salvou. Desanimados, os palmeirenses que assistiam a partida não se entusiasmavam em nada com o que era apresentado em campo. Já os vascaínos, rindo à toa, pareciam estar certo de que ali sairiam mais três pontos rumo ao penta.

Dedé antecipa e abre o placar em SP

Dedé comemora com Diego Souza: Vasco 1 a 0


2º Tempo

A verdade é que o Vasco não soube matar o jogo. E isso, deu um gás a mais ao Palmeiras, que aproveitou e botou fogo na segunda etapa. Com Dinei e Pedro Carmona em campo – o que há muito tempo ninguém via -, o Verdão passou a assustar mais e controlar um pouco a bola, preocupando o Vasco, parte da sua própria torcida, que queria ver uma vitória vascaína, e para a felicidade da torcida corintiana, que naquela altura sofria com o empate diante do Ceará.
Sem tantas opções, o jeito era ir de bola aérea e arriscar a sorte. Em uma delas, aos 18, saiu o gol de empate: Marcos Assunção cobrou escanteio, Dinei se atrapalhou com Fernando Prass e Luan, com oportunismo e o gol escancarado, só empurrou para empatar.
Cristovão Borges viu o crescimento do Palmeiras e colocou em campo o centroavante Elton, o único de referência que o Vasco tinha para a partida. Foi aí que os papéis se trocaram. O Palmeiras mostrou a calma e o bom futebol proposto até agora pelo Vasco no campeonato, enquanto o rival foi afobado e sem organização para o ataque, buscando um gol salvador e lembrando o Palmeiras deste segundo turno.
Nesta hora, o Corinthians já estava vencendo o Ceará, o que desesperou mais ainda os torcedores da Colina. Dedé ainda tentou na última chance do jogo, mas o empate era mesmo o destino das duas equipes na partida.
Amargo, para os dois.

Luan empatou no 2º tempo

Vibração dos palmeirenses


Ficha do jogo:

Palmeiras: Deola; Cicinho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, João Vítor (Chico) e Patrik (Pedro Carmona); Luan e Ricardo Bueno (Dinei).
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Vasco: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Dedé e Jumar; Nilton, Felipe Bastos, Allan (Diego Rosa) e Felipe; Eder Luís (Bernardo) e Diego Souza (Elton).
Técnico: Cristovão Borges

Gols: Dedé 04 1º (V), Luan 18 2º (P).

Cartões Amarelos: Thiago Heleno e Pedro Carmona (P); Renato Silva e Dedé (V).

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (FIFA-RS).
Assistentes: Carlos Berkenbrock (FIFA-RS) e Kleber Lúcio Gil (SC).

Público: 8.570 pessoas
Estádio do Pacaembu, São Paulo/SP


Empate amargo no Pacaembu: 1 a 1




Santos 1x1 Atlético-GO

Santos acha um gol aos 50 minutos e empata com o Atlético-GO na “despedida” para o Mundial

Muricy Ramalho estava certo. Poupar a equipe nos jogos fora de casa, por conta do cansaço das viagens, e colocar o que tem de melhor em casa era o que teria de ser feito, pensando no Mundial do final do ano. Porém, na última exibição com todos os titulares em campo, o Santos titubeou e permitiu que um intruso indigesto quase aprontasse para mais de 18 mil pessoas no Pacaembu. Quase, porque Paulo Henrique Ganso salvou a pátria santista aos 50 minutos de jogo, em um belo gol de fora da área.
Quinta-feira anormal para o Santos, que viu Neymar tomar um rolinho (ou caneta, em boa parte do Brasil). Além disso, a falta de jogadas criativas irritaram a torcida, mesmo com o ataque composto por Neymar, Borges e Ganso. Para o Barcelona brasileiro, segundo Galvão Bueno, ou melhor, o Atlético-GO, o jogo trouxe de volta a motivação e os pontos de volta, que não vinha há quatro jogos.
Com 43 pontos em 12º, o Dragão já não corre risco de rebaixamento, permanecendo um pouco distante do Z-4. Já o Santos chegou aos 52 pontos, em nono na tabela. No próximo domingo, o Peixe volta a campo contra o Coritiba, fora de casa. Nas duas últimas rodadas, a equipe do técnico Muricy Ramalho enfrenta o Bahia (casa) e o São Paulo, no Morumbi. Para o Atlético-GO, a parada é em Porto Alegre, contra o Grêmio, e em casa, quando encara o América-MG. Antes, no domingo, os goianos enfrentam o Flamengo.

Ganso e Neymar: empate no Pacaembu

Neymar tenta a jogada


1º Tempo

Pouca criatividade e falta de pontaria. O Santos parou na bem armada equipe do Atlético-GO durante todo o primeiro tempo, se irritando com a marcação dos goianos e impacientando a torcida presente no Pacaembu. Com o time principal em campo, Muricy deu ordem de ataque para o Santos, que partiu para cima com seu poderoso trio ofensivo: Neymar, Ganso e Borges.
Tentando se desvencilhar dos marcadores, Neymar assustou apenas em lances de cobranças de falta, assustando o goleiro Márcio por duas vezes. Ganso, dando tapas na bola e tentando deixar os atacantes na cara do gol, conseguiu deixar Neymar frente a frente com Márcio, mas o craque estava impedido. Por sinal, o camisa 10 acertou um lindo chute no travessão. Já Borges não apareceu. Em seu único lance de brilho, o camisa 9 deu um passe de calcanhar para Neymar, anulado pelo árbitro por impedimento.
Sem muita inspiração lá na frente, o Peixe se descuidou na defesa e permitiu uma chegada do Atlético-GO no primeiro tempo. E justamente nesta única chegada, Leonardo subiu mais alto que toda a zaga do Santos, após cruzamento de Bida, e abriu o placar no Pacaembu, aos 36 minutos: Dragão 1 a 0 e silêncio em São Paulo.
Esperando o tempo passar, o Atlético-GO suportou bem o fim da etapa inicial e segurou o Peixe, que partiu para o ataque sem sucesso. A nota triste foi a contusão do volante Adriano, que deixou o gramado para a entrada de Alan Kardec.

Leonardo abre o placar para os goianos

Neymar tentou, mas não passou pela marcação
do Atlético-GO 


2º Tempo

O Santos voltou tão diferente e animado para a segunda etapa que levou mais perigo em dois minutos, do que em todo o primeiro tempo. Logo no começo, Edu Dracena obrigou Márcio a fazer ótima defesa, após cruzamento de Danilo. Em seguida, Neymar cobrou escanteio e Borges, dentro da pequena área, não conseguiu finalizar.
Aos poucos, o Santos conseguia chegar com perigo e mostrava que o gol de empate era questão de tempo. Porém, o tempo foi passando, o desespero pelo empate foi batendo e o Atlético-GO conseguiu cozinhar o jogo, desarmando facilmente os atletas santistas, ora por mérito dos goianos, ora por afobação e erro dos paulistas. Mas o problema era que os que visitantes mal passavam da linha que divide o campo, dando campo para o Santos jogar.
Aos 17, um vento de esperança chegou no time da Vila Belmiro quando Agenor, ao fazer uma falta em Neymar, recebeu o cartão vermelho e foi expulso. Na falta, o craque mandou por cima. Querendo jogo, Neymar partia sem dó para cima da marcação, dando um de “fominha” muitas vezes, querendo resolver tudo como se não houvessem os outros dez jogadores ao seu lado.
Mas foi em um lance de coletividade, aos incríveis 50 minutos de jogo, que o Santos conseguiu igualar o placar. Em uma cobrança de falta, a bola ficou livre na entrada da área para Ganso, que dominou, ajeitou em meio a três defensores e virou um bonito chute para matar Márcio e empatar a partida.
Parece pouco, para um time que terá pela frente Messi, Villa, Xavi e companhia.

Ganso fez aos 50 do 2º: 1 a 1

P.H. Ganso salvou a noite santista


Ficha do jogo:

Santos: Rafael; Danilo, Edu Dracena (Léo), Bruno Rodrigo e Durval; Adriano (Alan Kardec), Arouca (Felipe Anderson), Henrique e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges.
Técnico: Muricy Ramalho

Atlético-GO: Márcio, Rafael Cruz, Anderson, Leonardo e Thiago Feltri; Agenor, Ernandes, Joílson e Bida; Anselmo (Marcão) e Juninho (Dodô).
Técnico: Hélio dos Anjos

Gols: Leonardo 36 1º (A), Paulo Henrique Ganso 50 2º (S).

Cartões Amarelos: Neymar, Edu Dracena e Adriano (S); Bida, Dodô, Anselmo, Rafael Cruz, Leonardo, Agenor e Joílson (A).
Cartão Vermelho: Agenor (A).

Árbitro: Alicio Pena Júnior (MG).
Assistentes: Janette Mara Arcanjo e Helberth Costa Andrade (ambos de MG).

Público: 18.044 pagantes
Estádio Vila Belmiro, Santos/SP

Empate por 1 a 1, em SP


Tabela de jogos

35ª rodada

16/11

20h30
Atlético-PR 1x0 São Paulo

Fluminense 5x4 Grêmio
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro/RJ
G: Rafael Marques 16 1º (G), Fred 24 1º (F), Marquinhos 45 1º (G), Fred 07 2º (F), Rafael Sóbis 16 2º (F), Brandão 29 2º (G), Adílson 30 2º (G), Fred pênalti 33 2º (F), Fred 36 2º (F).

Fred avassalador: 4 do atacante contra o Grêmio


América-MG 2x1 Botafogo
Estádio Arena do Jacaré, Sete Lagoas/MG
G: Kempes pênalti 34 1º (A), Fábio Júnior 40 1º (A), Loco Abreu 18 2º (B).

Kempes fez 1: América-MG 2 a 1 no Botafogo


Internacional 1x0 Bahia
Estádio Beira-Rio, Porto Alegre/RS
G: Gilberto 09 1º (I).

Gilberto fez o gol da vitória do Inter: 1 a 0 no Bahia


21h50
Ceará 0x1 Corinthians
Palmeiras 1x1 Vasco

Avaí 0x0 Cruzeiro
Estádio da Ressacada, Florianópolis/SC
G: Nenhum.

O Cruzeiro apenas empatou com o Avaí: 0 a 0


17/11

20h30
Santos 1x1 Atlético-GO

Flamengo 0x0 Figueirense
Estádio Engenhão, Rio de Janeiro/RJ
G: Nenhum.

O Flamengo ficou no zero com o Figueirense


Atlético-MG 2x1 Coritiba
Estádio Arena do Jacaré, Sete Lagoas/MG
G: Neto Berola 19 1º (A), Leonardo Silva 33 2º (A), Bill 44 2º (C).

Em MG, o Galo bateu o Coritiba por 2 a 1


Próximos jogos

36ª rodada

19/11
19h00 – São Paulo x América-MG
19h00 – Vasco x Avaí
19h00 – Grêmio x Ceará

20/11
17h00 – Corinthians x Atlético-MG
17h00 – Botafogo x Internacional
17h00 – Cruzeiro x Atlético-PR
17h00 – Atlético-GO x Flamengo
19h00 – Figueirense x Fluminense
19h00 – Coritiba x Santos
19h00 – Bahia x Palmeiras


Classificação

S/D
Pos
Equipes
Pts
V
E
D
GP
GC
S










   0
  1º
Corinthians
64
19
  7
  9
50
35
15
   0
  2º
Vasco 
62
17
11
  7
52
38
14
   0
  3º
Fluminense
59
19
  2
14
54
48
  6
   0
  4º
Figueirense
57
15
12
  8
45
39
  6
 +1
  5º
Flamengo
56
14
14
  7
57
46
11
 - 1
  6º
Botafogo
55
16
  7
12
50
42
  8
 +3
  7º
Internacional
54
14
12
  9
54
41
13
 - 1
  8º
São Paulo
53
14
11
10
50
43
  7
 - 1
  9º
Santos
52
15
  7
13
53
49
  4
 - 1
10º
Coritiba  
51
14
  9
12
55
40
15
   0
11º
Grêmio
47
13
  8
14
46
51
- 5
   0
12º
Atlético-GO
43
11
10
14
43
42
  1
 +1
13º
Palmeiras
43
  9
16
10
40
39
  1
 +1
14º
Atlético-MG
42
12
  6
17
44
52
- 8
 - 2
15º
Bahia
42
10
12
13
40
45
- 5
   0
16º
Cruzeiro
38
10
  8
17
39
47
- 8
 +1
17º
Atlético-PR
37
  9
10
16
35
52
-17
 - 1
18º
Ceará
35
  9
  8
18
41
59
-18
   0
19º
América-MG
34
  7
13
15
47
60
-13
   0
20º
Avaí
30
  7
  9
19
44
71
-27



_________________________________________________________________
Campeonato Brasileiro Série C

2ª Fase - 5ª rodada

Grupo E
CRB 0x0 América/RN


16/11 – Paysandu/PA 2x1 Luverdense/MT
16/11 – CRB/AL 0x0 América/RN

20/11 – América/RN x Paysandu/PA
20/11 – Luverdense/MT x CRB/AL



Paysandu 2x1 Luverdense








Classificação

S/D
Pos
Clubes
Pts
V
E
D
GP
GC
S










  0
CRB
11
  3
  2
  0
  6
  1
  5
+1
Paysandu
  7
  2
  1
  2
  4
  6
- 2
- 1
América/RN
  6
  1
  3
  1
  4
  3
  1
  0
Rio Branco
  2
  0
  2
  3
  3
  7
- 4


Grupo F

Finalizado

Classificação

S/D
Pos
Clubes
Pts
V
E
D
GP
GC
S










  0
Joinville
16
  5
  1
  0
14
  5
  9
  0
Ipatinga
  9
  3
  0
  3
  9
11
- 2
+1
Chapecoense
  5
  1
  2
  3
12
12
  0
- 1
Brasiliense
  4
  1
  1
  4
  9
16
- 7

Final e Acesso à Série B 2012
Acesso à Série B 2012             






_________________________________________________________________
Copa Sul-Americana




Semifinal


23/11
Vasco x Universidad de Chile (Chile)
LDU (Equador) x Vélez Sarsfield (Argentina)




Quartas de final


Jogos de volta


17/11
Libertad (Paraguai) (4) 1x0 (5) LDU (Equador) 






Universidad de Chile (Chile) 3x0 Arsenal Sarandí (Argentina)






09/11
Vasco 5x2 Universitario (Peru)
Vélez Sarsfield (Argentina) 3x2 Santa Fé (Colômbia)




Thayan O. Motta

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