segunda-feira, 4 de julho de 2011

Copa América 2011: briga acirrada pela coroa da América do Sul

Copa América 2011

Será que vem o tri na casa deles?

Disputada desde 1916, a competição mais antiga entre seleções do planeta chega à sua 43ª edição, como sede a Argentina. Criada para comemorar o centenário da indepedência dos argentinos, a Copa América teve início no dia 2 de julho do longínquo ano de 1916, ano também da fundação da Conmebol, a Confederação de Futebol do MERCOSUL, órgão que gerencia o futebol na América do Sul. Seu primeiro vencedor: o Uruguai. Sua forma de disputa: sem sede fixa, com jogos de ida e volta e disputada anualmente, ou como posteriormente de dois em dois anos.
De lá pra cá o torneio ganhou uma imensa força. Como ele garante vaga para a Copa das Confederações, realizada sempre um ano antes no país da próxima Copa do Mundo, reúne os dez países da América do Sul e mais duas convidadas, sejam elas da América do Norte ou Central, como os Estados Unidos, Honduras, México e Costa Rica, ou até da Ásia, como o Japão e hoje possui uma sede a cada torneio, sendo de tiro curto e sempre disputada de quatro em quatro anos.
Para esse ano, a Copa América ganhou um gostinho especial: os gramados famosos da Argentina, palco onde já estrelaram Maradona, Ortega, Batistuta e Palermo. Porém, com uma grande crise em que vivem os clubes gigantes de lá, como os rebaixados River Plate e Gimnasia La Plata, por exemplo, o torneio perdeu um pouco do foco que havia ganhado dividindo espaço com as tristes manchetes sobre a decadência das equipes. E sem o favoritismo da seleção local, fracassada nas últimas competições e sem levantar um título desde a própria Copa América de 1993, os torcedores vêem a competição com certo ar de desconfiança, mesmo sendo os maiores vencedores com quatorze títulos, empatados com os uruguaios. Em seu rico elenco, estrelas com Messi, Tévez, Lavezzi, Cambiasso, Javier Zanetti e Diego Milito, entre outros, tentarão tirar o futebol argentino do fundo do poço.
Diferente para os brasileiros. Mesmo depois da decepção na Copa da África do Sul, a seleção comandada por Mano Menezes chega com moral e a confiança do torcedor, buscando o terceiro título consecutivo e o nono em sua história. Possui em seu elenco estrelas como Neymar, Robinho, Alexandre Pato e Paulo Henrique Ganso, recuperado de uma séria lesão. Além de querer manter uma escrita vencedora, sendo os dois últimos torneios vencidos em finais contra a Argentina, o Brasil quer sentir também o prazer de ser campeão em solo inimigo, o que derrubaria mais ainda os hermanos.
Só que para conquistar mais uma vez o troféu da América, é preciso passar pelas outras seleções. Destaques como Forlán e Suarez do Uruguai; Falcão Garcia e Guarín da Colômbia; Valencia do Equador; Marcelo Moreno da Bolívia; Rondon da Venezuela; Valdívia do Chile; Lucas Barrios e Valdéz do Paraguai; Reynoso e Giovani dos Santos do México e Guerrero do Peru prometem dificultar ainda mais as coisas para Brasil e Argentina.
Portanto, até o dia 24 deste mês, a bola rola em solo argentino, decidindo mais uma vez quem é o dono da América. E não deixe de acompanhar aqui no blog todos os resultados da competição, com a análise e ficha dos jogos do Brasil, nessa caminhada rumo ao nono título.


Final de 2007: Brasil 3x0 Argentina

Juan ergue a taça da Copa América


 Conheça as seleções que disputarão o torneio:


Favoritos ao título:

Argentina

Messi
É outra seleção favorita à conquista. Mesmo tendo feito uma péssima Copa do Mundo, onde apanhou de 4 a 0 da Alemanha nas quartas de final, os argentinos possuem ninguém menos do que Lionel Messi, que pode decidir a qualquer momento. Passa por dificuldades mas nunca poderá ser descartada, ainda mais pelo fator casa.

O cara: Lionel Messi (Barcelona/Espanha)
Títulos da Copa América: 14 (último em 1993)

Time-base: Romero, Javier Zanetti, Gabriel Milito, Burdisso, Rojo, Banega, Mascherano, Cambiasso, Lavezzi, Messi e Tévez.
Técnico: Sérgio Batista


Brasil

Ganso
Grande favorito ao título. Possui o melhor elenco e busca o terceiro troféu consecutivo do torneio. Renovou a equipe, mas não perdeu a garra de sempre, misturado a técnica de Neymar e Ganso. Porém, se for campeão, dará a vaga para o melhor colocado, exceto México e Costa Rica, que disputaram a vaga para a Copa das Confederações na Copa Ouro, vencida pelos mexicanos. O Brasil será a próxima sede da Copa das Confederações.

O cara: Paulo Henrique Ganso (Santos)
Títulos da Copa América: 8 (último em 2007)

Time-base: Julio Cezar, Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva, André Santos, Lucas Leiva, Ramires, P.H. Ganso, Robinho, Neymar e Alexandre Pato.
Técnico: Mano Menezes


Paraguai

Valdéz
Deu trabalho à Itália e Espanha na última Copa do Mundo e chega querendo surpreender. A grande estrela do time é Valdez, perigoso atacante. É favorito ao título por mostrar a que veio na última Copa e Eliminatórias.

O cara: Haedo Valdez (Hércules/Espanha)
Títulos da Copa América: 2 (último em 1979)

Time-base: Villar, Piris, Paulo da Silva, Dário Verón, Aureliano Torres, Barreto, Riveros, Ortigoza, Estigarribia, Lucas Barrios e Roque Santa Cruz.
Técnico: Gerardo Martino



Uruguai

Forlán
A última Copa do Mundo fez renascer o futebol uruguaio, perdido por várias décadas, assim como o vice do Peñarol na Libertadores. Tem craques em sua equipe, como Forlán e Suarez. Não é bobo, está entre as melhores seleções do planeta. Fique de olho nessa seleção.

O cara: Diego Forlán (Atlético de Madrid/Espanha)
Títulos da Copa América: 14 (último em 1995)

Time-base: Muslera, Maxi Pereira, Lugano, Victorino, Cáceres, Pérez, Arévalo Rios, Lodeiro, Cavani, Forlán e Suárez.
Técnico: Oscar Tabárez


Quem corre por fora:

Chile

Valdívia
Esteve na última Copa do Mundo e foi atropelado pela Espanha e Brasil. Tem sim um bom elenco, mas para disputar com as seleções de alto escalão no continente ainda demorará um pouco. Corre por fora, mas dificilmente chegará tão longe.

O cara: Jorge Valdívia (Palmeiras)
Títulos da Copa América: 0

Time-base: Bravo, Contreras, Ponce, Jara, Vera, Medel, Isla, Matías Fernandéz, Beausejour, Alexis Sanchéz e Suazo.
Técnico: Claudio Borghi


Colômbia

Falcão García
A Colômbia não vai a uma Copa do Mundo há dezessete anos, mas com o atacante Falcão Garcia poderá se classificar para a próxima. Porém, a competição do momento é a Copa América, de tiro curto, e dificilmente não colherá bons frutos. É a oitava força do torneio.

O cara: Falcão García (Porto/Portugal)
Títulos da Copa América: 1 (2001)

Time-base: Martínez, Zúñiga, Perea, Yepes, Pablo Armero, Bolívar, Rodallega, Guarín, Adrián Ramos, Dayro Moreno, Falcão García.
Técnico: Darío Gomez


Equador

Valencia
Não foi à última Copa na África por muito pouco. Também passou por um processo de renovação e está de cara nova, com mais técnica. Sem a sua aliada altitude, perderá força no grupo. É outra seleção que busca um lugar ao sol no continente, só que provavelmente morrerá cedo na praia.

O cara: Antonio Valencia (Manchester United/Inglaterra)
Títulos da Copa América: 0

Time-base: Elizaga, Reasco, Araujo, Erazo, Ayoví, Castillo, Noboa, Valencia, Édison Méndez, Benítez e Caicedo.
Técnico: Reinaldo Rueda


México
Giovani dos Santos

Um time batalhador e que está renovado. Após o título da Copa Ouro e vaga na Copa das Confederações, chega como convidado da Conmebol e não deve se preocupar muito com os holofotes, pois usa o time sub-22. Corre por fora e é perigoso, mas o foco está em outro lugar.

O cara: Giovani dos Santos (Racing Santander/Espanha)
Títulos da Copa América: 0

Time-base: Luis Ernesto Michel, Aguilar, Chávez, Araujo, Reynoso, Mier, Reyes, Enriquez, Aquino, Giovani dos Santos e Rafael Márquez.
Técnico: Luis Fernando Tena


Figurantes:

Bolívia

Marcelo Moreno
Obteve resultados expressivos na última Eliminatória para a Copa, como goleada de 6 a 1 contra a Argentina e vitórias contra Paraguai e Brasil, mas sempre é vista como a seleção mais fraca do continente. Com um título da Copa América na bagagem, lutará para conquistar o segundo caneco, coisa que não é esperada nem pelo mais otimista torcedor boliviano. É mero figurante.

O cara: Marcelo Moreno (Wigan/Inglaterra)
Títulos da Copa América: 1 (1963)

Time-base: Arias, Logio Alvarez, Ronald Rivero, Luis Gutiérrez, Ronald Raldes, Jaime Robles, Vaca, Walter Flores, Campos, Rojas e Marcelo Moreno.
Técnico: Gustavo Quinteros



Costa Rica

Madrigal
Foi convidada de última hora por conta da desistência do Japão e possivelmente será um dos sacos de pancada. Apanhou muito na Copa Ouro e vê que o nível da Copa América é mais alto. Terá de comemorar muito se vencer alguma partida. Em caso improvável de conquista, passará a vaga da Copa das Confederações para as mãos do melhor colocado, exceto Brasil e México, o que tira ainda mais a motivação dos jogadores.

O cara: Diego Madrigal (Cerro Porteño/Paraguai)
Títulos da Copa América: 0

Time-base: Leonel Moreira, Acosta, Oscar Duarte, Calvo, Pedro Leal, José Salvatierra, Mora, Guzmán, Madrigal, Brenes e Campbell.
Técnico: Ricardo La Volpe


Peru
Guerrero

Pior time sul-americano nas últimas Eliminatórias, não consegue mais os bons e expressivos resultados de sua antiga geração. Sem disputar uma Copa do Mundo há décadas, o Peru entra como o outro saco de pancadas da competição, daqueles que entram em campo para não ser goleado. Caiu no grupo da morte e não deverá passar para as quartas.

O cara: Paolo Guerrero (Hamburgo/Alemanha)
Títulos da Copa América: 2 (último em 1975)

Time-base: Raúl Fernandéz, Revoredo, Acasiete, Alberto Rodríguez, Vílchez, Balbín, Guevara, Cruzado, Advincula, Yotún e Guerrero.
Técnico: Sergio Markarián


Venezuela

Rondón
Melhorou muito o seu futebol nos últimos tempos, chegando até a disputar uma vaga para o Mundial da África, mas como de costume morreu antes do fim. Nesta Copa América, promete garra e luta, mas caiu em um grupo complicado, diferentemente da última competição quando jogou em casa e foi até as quartas. Para 2011, terá que suar sangue para passar de fase.

O cara: Salomón Rondon (Málaga/Espanha)
Títulos da Copa América: 0

Time-base: Renny Veja, Rosales, Perozo, Vizcarrondo, Cichero, Rincón, Lucena, César Eduardo González, Arango, Maldonado e Rondon.
Técnico: César Farias



Seleção Brasileira - Convocados

Goleiros
Lúcio: xerifão na zaga

  1 Júlio César – (Internazionale)
12 Victor – (Grêmio)
22 Jefferson – (Botafogo)

Laterais

  2 Daniel Alves – (Barcelona)
  6 André Santos – (Fenerbahçe)
13 Maicon – (Internazionale)
21 Adriano – (Barcelona)

 
Neymar: craque
Zagueiros

  3 Lúcio – (Internazionale)
  4 Thiago Silva – (Milan)
14 Luisão – (Benfica)
23 David Luiz – (Chelsea)

Meias

  5 Lucas Leiva – (Liverpool)
  8 Ramires – (Chelsea)
10 P.H. Ganso – (Santos)
15 Sandro – (Tottenham)
16 Elano – (Santos)
17 Elias – (Atlético de Madrid)
18 Lucas Silva – (São Paulo)
Lucas: arma brasileira
20 Jádson – (Shakhtar Donetsk)

Atacantes

  7 Robinho – (Milan)
  9 Alexandre Pato – (Milan)
11 Neymar – (Santos)
19 Fred – (Fluminense)

Técnico: Mano Menezes


Ranking de títulos:

14 - Argentina (1921, 25, 27, 29, 37, 41, 45, 46, 47, 55, 57, 59, 91 e 93)
14 - Uruguai: (1916,17, 20, 23, 24, 26, 35, 42, 56, 59, 67, 83, 87 e 95)
  8 - Brasil: (1919, 22, 49, 89, 97, 99, 03 e 07)
  2 - Paraguai: (1953 e 1979)
  2 - Peru: (1939 e 1975)
  1 - Bolívia: (1963)
  1 - Colômbia: (2001)



Tabela de jogos

Sede: Argentina

*Classificam-se as duas melhores seleções de cada grupo, mais as duas terceiras melhores colocadas, somando oito equipes para as quartas de final. Apenas as últimas colocadas e a pior terceira colocada ficam de fora do mata-mata.

Córdoba: 57.000
Grupo A

Argentina
Bolívia
Colômbia
Costa Rica

San Juan: 25.000
01/07 – Argentina x Bolívia (La Plata)
02/07 – Colômbia x Costa Rica (Jujuy)
06/07 – Bolívia x Costa Rica (Jujuy)
06/07 – Argentina x Colômbia (Santa Fé)
10/07 – Colômbia x Bolívia (Santa Fé)
11/07 – Argentina x Costa Rica (Córdoba)


Grupo B

Santa Fé: 47.000
Brasil
Equador
Paraguai
Venezuela

03/07 – Brasil x Venezuela (La Plata)
03/07 – Paraguai x Equador (Santa Fé)
09/07 – Brasil x Paraguai (Córdoba)
09/07 – Venezuela x Equador (Salta)
Salta: 20.408
13/07 – Paraguai x Venezuela (Salta)
13/07 – Brasil x Equador (Córdoba)


Grupo C

Chile
México
Jujuy: 23.000
Peru
Uruguai

04/07 – Uruguai x Peru (San Juan)
04/07 – Chile x México (San Juan)
08/07 – Uruguai x Chile (Mendoza)
08/07 – Peru x México (Mendoza)
12/07 – Chile x Peru (Mendoza)
12/07 – Uruguai x México (La Plata)

Mendoza: 40.268
Quartas de final: 16 e 17/07
Semifinal: 19 e 20/07
Decisão do 3º lugar: 23/07
Final: 24/07 

La Plata: 53.000










Palco da Final: Monumental de Nuñez, Buenos Aires

Buenos Aires: 57.921
















Thayan O. Motta

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